Mensagens atribuídas a Deltan e esfriamento da operação são apontados como responsáveis pelo desgaste

Foto: Reprodução
As suspeitas de que o procurador Deltan Dallagnol incentivou investigações sobre o ministro do STF Dias Toffoli podem ter impacto na redução de tamanho da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. O grupo tem hoje com 15 procuradores e uma equipe que, somada, chega a 70 servidores.
A renovação da força-tarefa é feita anualmente, em setembro, mesmo mês em que termina o mandato da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Portanto, o destino do grupo pode depender de quem for escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para o comando da Procuradoria-Geral da República.
A tendência é que a equipe não continue robusta. Entre os motivos, destaca-se o fato de as principais descobertas da Lava-Jato de Curitiba já terem sido reveladas, sendo as mais recentes operações apenas o rescaldo, e a pressão das unidades de origem para que os procuradores cedidos retornem aos seus estados de origem, entre eles, Amazonas, Amapá, Rio, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Receios
Reservadamente, procuradores não negam o desgaste de Dallagnol, mas afirmam que ele tem uma situação jurídica que impede sua remoção por ser o “promotor natural” do caso. Há expectativa de que o procurador seja alvo de mais um processo administrativo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Em tese, o órgão pode até afastar um integrante do Ministério Público. No entanto, seus pares acreditam que há uma forte tendência de apoio a Dallagnol. No entanto, o clima entre os procuradores diante dos vazamentos de conversas entre integrantes da Lava-Jato é de apreensão. Procurada, a força-tarefa não se manifestou sobre o assunto. (Com informações de O Globo)
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