Projeto de Lei que propõe profissionais nas redes públicas de ensino fundamental e médio será debatido em audiência 

Após a tragédia que deixou duas crianças mortas e feriu quatro no Colégio Goyases, em Goiânia, a Assembleia Legislativa de Goiás discute, em audiência pública nesta terça-feira (14/11), o projeto de lei que torna obrigatória a presença de psicólogo escolar nas redes públicas de ensino fundamental e médio.

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Segundo a proposta, de autoria do deputado estadual Francisco Jr. (PSD), o profissional terá a função de atuar junto aos alunos, professores, direção e famílias para aumentar a qualidade e eficiência do processo educacional.

“Atualmente as escolas registram elevados índices de violência, com a ocorrência de tragédias, sendo necessário adotar medidas preventivas que envolvam toda a estrutura educacional”, defende.

Para  o parlamentar, não é só orientar adolescentes e crianças, mas fortalecer toda a comunidade escolar. “É necessário que profissionais qualificados estejam presentes para orientar, uma ação dessas é capaz de salvar vidas e salvar de verdade”, afirma.

A atuação do psicólogo deve considerar não apenas os aspectos individuais dos alunos, mas também todo o corpo docente, auxiliando no dia a dia da escola, na solução de problemas e dando orientação.

Segundo a presidente da Comissão de Psicologia Escolar do Conselho Regional de Psicologia, Alba Cristhiane Santanam, a proposta é de extrema importância e, em tempos de bullying tanto no mundo real quanto virtual, auxiliará no combate à violência.

“São estabelecidas relações entre as pessoas que podem gerar conflitos variados para a convivência e para o processo de ensinar e de aprender, como: dificuldades de aprendizagem, situações de violência, adoecimento psíquico de alunos e professores, entre outros. Essas situações envolvem as condições psicológicas das pessoas para enfrentamento e superação das dificuldades. Nesse cenário, o psicólogo escolar pode contribuir com uma melhor compreensão das situações, com a identificação e prevenção das dificuldades, e ainda com a busca de alternativas para lidar com essas situações.” arremata.