Coquetel é resultado da combinação dos medicamentos casirivimabe e imdevimabe com aplicação intravenosa indicado apenas em casos iniciais da doença e foi usado no tratamento do ex-presidente americano Donald Trump

Reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa de 17/1/2021 | Foto: Divulgação/Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 20, o uso emergencial de um medicamento intravenoso contra a Covid-19. O medicamento é resultado da combinação de casirivimabe e imdevimabe, dois remédios experimentais.

No entanto, o medicamento é indicado para o começo da doença e o seu uso é restrito a hospitais sendo que sua a venda é proibida ao comércio. O pedido de uso emergencial foi feito no dia 1º de abril pela farmacêutica Roche.

 “Esse medicamento se torna o segundo aprovado pela Anvisa, com indicações de uso especificamente contra a Covid-19, reforçando o arsenal terapêutico disponibilizado à sociedade para o enfrentamento dessa pandemia, fazendo coro com as 5 vacinas já autorizadas pela Anvisa.  Entretanto, é importante que toda a atuação regulatória da Anvisa para a aprovação de medicamentos e vacinas, beneficie a todos em qualquer lugar do país, mantendo a esperança de todos e a validade da nossa luta pelo acesso e pela saúde pública”, pontua a agência.

A Anvisa ressalta que o tratamento é indicado para adultos e pacientes com 12 anos ou mais e que pesem no mínimo 40 kg, que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção pela Covid-19 confirmada por exame laboratorial e que apresentam alto risco de progressão para o caso grave da doença.

O coquetel só deve ser usado em casos iniciais e deu uso é contraindicado em casos graves da doença. “Anticorpos monoclonais como casirivimabe e imdevimabe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, alerta a Anvisa.

O coquetel já foi aprovado para uso emergencial pela FDA, agência de saúde dos Estados Unidos, após apresentar bons resultados em pacientes com sintomas leves e moderados da Covid-19, inclusive sendo usado no tratamento do ex-presidente americano Donald Trump.