Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Goiás (UFG), André Rocha é o novo presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg). Ele assume o posto após a desincompatibilização de Sandro Mabel, que vai disputar a Prefeitura de Goiânia. Ao Jornal Opção, ele falou sobre a experiência em entidades ligados às indústrias e as diretrizes da gestão que vai até dezembro de 2026.

Rocha, que já preside diversos conselhos temáticos como o do agronegócio e assuntos legislativos, traz consigo uma vasta experiência no setor industrial, tendo acompanhado Sandro Mabel nos últimos cinco anos.

André atua há 17 anos como presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás (Sifaçúcar), além de ocupar a diretoria-geral do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE-Centro-Oeste), desde 2011, e a vice-presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás.

Continuidade e obras

Durante a entrevista, André Rocha enfatizou a continuidade dos bons resultados e a sequência dos investimentos em obras, destacando a conclusão de reformas e construções de escolas do Sistema S. “Temos duas obras grandes de reforma em Anápolis, construção de escolas em Luziânia e Mineiros que ficarão prontas ainda este ano e uma em Rio Verde que será inaugurada nos próximos 30 dias. Além disso, temos outras reformas e construções em Goiânia, Itumbiara e Catalão, com destaque para a Escola Sesi Jardins, em Goiânia, que será a maior escola Sesi do País”, conta.

Além da construção de novas escolas, Rocha diz que a gestão está focada na qualificação de professores “visando não apenas o desempenho contábil, mas sobretudo a qualidade das entregas educacionais”. “Estamos investindo no quadro de professores para melhorar a qualificação com foco na melhoria das notas e maior aprovação no Enem. Temos o desafio ainda de crescer no atendimento à saúde”, explicou.

Outro ponto crucial na gestão de Rocha é a busca pela competitividade da indústria goiana. Para isso, a Fieg tem formado parcerias estratégicas com o governo estadual e federal. “Temos o desafio de buscar cada vez mais a competitividade da indústria goiana. Formamos parcerias com o governo estadual e governo federal”, destacou.

O mandato da atual diretoria vai até dezembro de 2026, período em que a Fieg também estará envolvida na regulamentação da reforma tributária, especialmente na discussão sobre créditos de PIS/COFINS. “Fieg montou uma equipe que acompanha cada um dos grupos de trabalho que discutem a regulamentação da Reforma Tributária e as leis complementares. Vamos participar dessas discussões junto ao Congresso, ao lado do governo estadual e das confederações”, acrescentou Rocha.

Uso de etanol para reduzir CO2

A sustentabilidade também é uma prioridade na nova gestão. A Fieg tem promovido o uso de etanol, que emite 90% menos CO2 que a gasolina, e incentivado a utilização de veículos híbridos flex. “Uma das maneiras no Brasil é dentro da matriz de transporte procurar utilizar meios de locomoção que emitam menos carbono. Fizemos o movimento pelo agro, fórum empresarial de forma que as entidades como Fieg, Faeg, Fecomercio, CDL, Acieg, OCB e Adial para que todas elas firmem um pacto para que seja utilizado cada vez mais o etanol em sua frota de veículos”, destacou.

O governo de Goiás também está discutindo com o fórum empresarial um projeto que visa melhorar a competitividade das principais cadeias produtivas do estado, olhando aspectos de legislação e logística para atrair investimentos. “Só o setor suco energético vai investir no total de 20 milhões no Estado”, afirmou Rocha.

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