Analista financeiro que desviou R$ 180 mil de empresa é condenado a oito anos de prisão
Raphael Bezerra
22 agosto 2023 às 15h27
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Um analista financeiro foi condenado a mais de oito anos de prisão por desviar valores de uma empresa de multipropriedades em que trabalhava. Segundo o processo, com o acesso às senhas, o homem simulava dívidas e transferia os valores para a conta bancária própria e da mãe. A sentença é da juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
De acordo com os autos, o homem se aproveitou do acesso aos títulos para pagamentos para ocultar valores provenientes do furto, direto ou indiretamente. As investigações apontaram que foram feitas seis seis transferências para a conta bancária do indiciado, e 126 transferências para a conta de sua genitora, que, somadas, perfazem o montante de R$ 180 mil.
A empresa descobriu o esquema apenas alguns meses após o desligamento do funcionário. Uma auditoria interna revelou as divergências nos pagamentos realizados por ele.
Interrogatório
Ao ser confrontado em interrogatório, o homem disse que sua mãe não tinha conhecimento dos fatos até ser chamada na delegacia. O homem teria confessado as transferências da conta da empresa para conta e que teria se arrependido de ter praticado o delito.
Sentença
A magistrada argumentou “que os elementos probatórios colacionados aos autos comprovam irrefutavelmente a autoria dos furtos qualificados e das lavagens de capitais imputados ao acusado”. De acordo com a auditoria realizada por uma empresa terceirizada, foram 135 pagamentos irregulares no período de janeiro de 2016 a julho de 2019.
Dentre as transações irregulares, observou que foram efetuados 126 pagamentos para o CPF da mãe do acusado, seis pagamentos para o dele e três para uma universidade privada em Goiás, que totalizaram o montante de R$ 183 mil.
A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas até o fechamento da edição não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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