Inquérito investiga manifestações no ano passado que defenderam causas inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF. Blogueiros e parlamentares bolsonaristas estão entre os investigados

Ministro do STF, Alexandre de Moraes anulou ato de Bolsonaro de nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da PF | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Ministro do STF, Alexandre de Moraes | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira, 7, o sigilo do inquérito dos atos antidemocráticos, que corria até então em segredo de Justiça. Deve permanecer em sigilo toda a documentação em anexo.

O inquérito instaurado a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, investiga a organização e o financiamento de manifestações que, no ano passado, foram às ruas para defender causas antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF, e a adoção de um novo AI-5, o ato mais repressor da ditadura militar. Ainda no inquérito são investigados blogueiros e parlamentares bolsonaristas.

Na última sexta-feira, 4, a PGR pediu ao STF o arquivamento do inquérito. A manifestação da PGR ocorreu cinco meses depois que o órgão recebeu da Polícia Federal um relatório parcial apontando a necessidade de se aprofundarem as investigações. A PGR não fez as diligência sugeridas pela PF.

O ministro Alexandre de Moraes disse que, no caso dos autos, embora a necessidade de cumprimento das numerosas diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo à totalidade dos autos, diante do relatório parcial apresentado pela Polícia Federal, não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade.