Responsável pelo caso da ex-vice-Miss Bumbum, médico informou que modelo está com sepse, infecção geral do organismo, que pode levar à morte

A apresentadora da Rede TV Andressa Urach, de 27 anos, permanece em estado grave após complicações causadas por uma cirurgia que havia feito há cinco anos para retirar implantes de hidrogel e de metacril (PMMA) nas coxas. Em comunicado, o médico da modelo, Dr. Júlio Vedovato, disse que Andressa está com sepse, uma condição potencialmente mortal, que ocorre quando um agente infeccioso entra na corrente sanguínea de uma pessoa.

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“Ao longo do final de semana, ela teve uma piora clínica decorrente de um ‘germe’ que entrou na sua circulação sanguínea, chamada de sepse. A partir daí, a modelo deu entrada em um novo hospital onde está sendo tratada”, informou o médico em nota. Andressa segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Porto Alegre, respirando com ajuda de aparelhos.

A primeira infecção causada pela aplicação dos produtos nas pernas de Andressa ocorreu em julho, quando a modelo foi internada e retirou parte do material. A apresentadora teria aplicado, em um período anterior, cerca de 500 ml em cada perna, quantidade duzentas vezes maior que o número aprovado pela Anvisa.

Em entrevista ao Jornal Opção Online, o cirurgião plástico Fábio Fernandes alerta para os riscos dos materiais utilizados por Andressa nas pernas. Segundo o especialista, tanto o hidrogel quanto o polimetilmetacrilato, o metacril, são produtos que devem ser manuseados apenas por profissionais médicos e em pequenas quantidades.

“Nos glúteos e pernas, a aplicação tem que ser em grande quantidade, o que pode causar problemas. Conheço médicos que utilizam esses materiais no rosto, por exemplo, em pequena quantidade, 2 ou 3 ml, e não há problemas”, explicou.

Quanto aos riscos de vida, ou mesmo às chances de Andressa ter os membros inferiores amputados, o Dr. Fábio Fernandes ressalvou não ter detalhes sobre o caso, mas avalia serem poucas as possibilidades. “Pode haver sequelas no local, mas perder a perna é muito raro, mas poder pode”, finalizou.