Os chamados “sommeliers de vacina” são as pessoas que na hora da vacinação se recusam a tomar o imunizante que não seja do laboratório de sua preferência. Medidas começaram em São Paulo.

Diante da insistência de pessoas a escolher o imunizante contra a Covid-19 de acordo com o laboratório, agentes públicos começaram a adotar medidas contra os “sommeliers de vacinas”. Entre os exemplos estão os prefeitos paulistas de São Caetano do Sul e São Bernardo do Campos, além do vereador de Goiânia, Leandro Senna (Republicanos).

Após cerca de 200 pessoas recusarem se vacinar com o imunizante disponível no posto em que estavam agendados na terça-feira, 29, em São Bernado do Campo (SP), o prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB), disse em uma live que quem tivesse esse tipo de atitude iria para o final da fila de vacinação.

Na Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Leandro Senna (Republicanos) protocolou na quinta-feira 1, um documento que prevê a criação do Termo de Ciência. Esse termo diz respeito as pessoas que irão para o final da fila de vacinação, ou seja, só conseguirão o imunizante após o último adulto com 18 anos de idade se vacinar, caso recuse tomar a vacina disponível no posto. Assim como os prefeitos dos municípios de São Paulo, Senna diz que tentativa de escolher o imunizante não tem base científica e, por isso, quem tentar atrapalhar o processo de vacinação será punido dessa maneira.

O prefeito de São Caetano do Sul, Tite Campanella (Cidadania), disse em um comunicado distribuído a imprensa que “a pandemia e a desinformação criaram este novo tipo de profissional, o sommelier de vacina. Aquele que, após poucos minutos de pesquisa na internet, se considera apto a dizer qual vacina é a melhor, como se fosse um pesquisador renomado em imunologia” e acrescentou que isso colocava em risco a saúde como um todo, por isso as medidas de punição.

Em São Paulo essas medidas já estão valendo. Em Goiânia ainda é necessária a aprovação do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).