Advogado da deputada Flordelis diz que não há elementos para denúncia
24 agosto 2020 às 21h07
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Defesa disse que mensagens encontradas pela polícia no celular da deputada não foram escritas por ela, mas por uma das filhas que tinha acesso ao aparelho
O advogado que defende a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), Anderson Rollemberg, afirmou que não vê elementos suficiente que sustentem a denúncia contra ela. A parlamentar foi denunciada nesta segunda-feira, 24, pelo homicídio de seu marido, pastor Anderson do Carmo.
“Temos aqui o desfecho da segunda fase da investigação, em que a autoridade policial apontou que a deputada Flordelis seria a mandante deste crime. Ao ver da defesa, não há elementos, mínimos que fossem, para ela receber esse tratamento de ser indiciada, denunciada, como mandante desse terrível crime”, declarou Rollemberg.
O crime aconteceu em 16 de junho de 2019, quando Anderson do Carmo chegou em casa, em Niterói, e foi alvejado com vários tiros.
“Pela leitura rápida que tivemos, os elementos que ali apontam a autoridade policial, ao ver da defesa, não são suficientes para que ela fosse denunciada, muito menos presa. Foi feita uma ginástica muito grande para colocar a deputada como mandante desse crime e também para prender os filhos”, defendeu o advogado.
Mensagens
Rollemberg disse que as mensagens encontradas pela polícia no celular da deputada não foram escritas por ela, mas sim por uma das filhas, que tinha acesso ao aparelho.
“Isso já foi muito debatido na primeira fase. Não era a deputada que fazia a digitação para o Lucas [um dos filhos, presos no primeiro momento]. Era uma das filhas. Já foi desde o início esclarecido, no primeiro momento das oitivas, que ocorreram logo após o fato. Vejo fora do contexto se utilizar dessas mensagens para incriminá-la. Se for só isso, não há motivo sequer para ela ser denunciada como mandante”, destacou.
A deputada não pode ser presa, a não ser em flagrante delito, pois tem imunidade parlamentar. O PSD já anunciou que ela foi suspensa do partido e ainda pode ser expulsa.
(Com informações da Agência Brasil)