Entenda a diferença entre os imunizantes contra Covid-19 distribuídos e aplicados na população goiana

Imunizante contra a Covid-19 | Foto: Reprodução

Seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI) com distribuição de doses realizada pelo Ministério da Saúde, por meio do governo estadual, a Prefeitura de Goiânia recebe e realiza a vacinação dos goianienses com os seguintes imunizantes: Pfizer, Astrazeneca e Coronavac. As vacinas passaram por criteriosa análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo consideradas seguras para a população.

Com distribuição de doses realizadas pelo Ministério da Saúde, atualmente cidadãos goianos são imunizados com as vacinas Coronavac, AstraZeneca e Pfizer contra a Covid-19. Apesar de serem produzidas por diferentes laboratórios, a partir de componentes e tecnologias específicas, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) todas são consideradas eficientes e seguras para proteger a população. As diferenças em suas produções explicam, por exemplo, a distinção em relação ao aprazamento (intervalo entre a primeira e a segunda dose) e, possíveis, efeitos colaterais.

Ainda que todos os imunizantes contem com alguma reação adversa, pesquisas mostra que a vacinação contra a Covid-19 é essencial para o combate à pandemia. “A efetividade das vacinas aplicadas em nossa população é alta, enquanto os efeitos colaterais se resolvem em cerca de dois dias”, destaca o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. O gestor ainda destaca que os efeitos colaterais constituem um preço pequeno diante do risco de perder a vida e enfrentar complicações ou sequelas da doença.

Diferença entre os imunizantes

A Coronavac, por exemplo, foi desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech e é produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, que faz a importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Ao entrar no organismo, esse vírus inativo do coronavírus que é incapaz de se reproduzir é detectado pelo sistema imunológico.

Com isso, é gerada resposta organismo com a produção de anticorpos. A Coronavac apresenta poucos efeitos colaterais. Entre eles, inchaço no braço, fadiga e dor de cabeça. Por ser produzida a partir do vírus inativado, contendo todas as partes, pode gerar uma resposta imune abrangente contra diversas variantes. 

Já a vacina AstraZeneca foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânico-sueca AstraZeneca. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é a encarregada por sua produção.

A composição da AstraZeneca é feita por um adenovírus não replicante. Esse vírus, que é inofensivo dada a capacidade de não se replicar, leva um material genético para as células e expressa a glicoproteína do SARS-Cov-2 Spike (S).

Ao identificar essa glicoproteína do SARS-CoV-2, o organismo responde com sua carga máxima ao vírus intruso, o que faz com que o corpo produza sua própria proteção (anticorpos) contra o vírus causador da Covid-19. Todo esse processo explica as reações adversas causadas em quem toma o imunizante, que podem variar entre calafrios, dores no corpo, náuseas e febre.

Após o ciclo de imunização, com a aplicação das duas doses, caso a pessoa seja infectada com a Covid-19, o corpo já estará preparado para responder de forma rápida e impedir que a pessoa tenha um quadro grave da doença.

Diferente das demais, a Pfizer, que é desenvolvida pela empresa alemã BioNtech e produzida pela farmacêutica americana Pfizer, não utiliza vírus, e sim a tecnologia de mRNA que leva uma espécie de mensagem ao corpo com as informações genéticas do vírus.

É através desse processo que o organismo humano passa a produzir anticorpos contra o coronavírus, garantindo a resposta imunológica.  Assim como a Coronavac, a Pfizer apresenta poucas reações adversas. Entre elas, dor no local da aplicação, fadiga, náusea e irritação na pele.