Se você acompanhar a história de Goiânia, verás que a Praça do Bandeirante mudou bastante o seu formato. Desde 1942 que a estátua de Bartolomeu Bueno da Silva está instalada no cruzamento das avenidas Goiás e Anhanguera. A praça sofreu modificações no seu traçado, acompanhando o trânsito intenso da capital. Hoje, nem de longe se parece com o que foi no começo dos anos 1940. A estátua do Bandeirante é espremida pelas duas pistas do Eixo Anhanguera. Dá até medo de atravessar uma das pistas por conta dos veículos que passam por ali.

Durante muitos anos, a Praça do Bandeirante foi lugar para manifestações políticas. Muitos comícios foram feitos aos pés daquela estátua. Em 1961, Juscelino Kubitschek fez um comício na praça lançando sua candidatura ao Senado por Goiás. Quando o jornalista Haroldo Gurgel foi assassinado, muita gente se reuniu ali para homenagea-lo e cobrar providências do governo. UDN, PSD, PCB, não importa a ideologia, já fizeram manifestações no Bandeirante.

Mas nem só de política se vive a praça. Desmonta-se o palanque, ergue-se o palco. Sai o político e entra o artista. No dia 2 de abril de 1960, a loja Multigás organizou uma apresentação na Praça do Bandeirante com artistas do rádio, do cinema e da televisão. Dentre eles, Carlos Galhardo, famoso por cantar “Fascinação”. Como o querido assinante vê neste post, a praça ficou pequena para tanta gente que foi ver seus ídolos ao vivo.

Segundo o poeta Castro Alves, “a praça é do povo como o céu é do condor”. A Praça do Bandeirante abriga de tudo, políticos, artistas. Até o bandeirante.