5 anos após desastre de Mariana, informais recebem indenização
12 setembro 2020 às 11h36
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Categorias informais não haviam sido reconhecidos pela Fundação Renova entre os atingidos. Avaliação Judicial ainda é necessária para estender indenização à outras cidades
A Fundação Renova, entidade responsável pela reparação dos danos da tragédia de Mariana, começou a pagar as indenizações aos trabalhadores informais de Baixo Guandu (ES) e Naque (MG). O desastre do rompimento da barragem da mineradora Samarco completará 5 anos em menos de dois meses. A extensão do pagamento para outros municípios da bacia do Rio Doce ainda depende de avaliação judicial.
Segundo informações da Empresa Brasileira de Comunicação, o primeiro pagamento foi realizado na quinta-feira (10) para uma artesã. Mais 7 mil pessoas deverão receber nos próximos meses valores que variam entre R$ 54 mil e R$ 94,5 mil. Para reparar os danos, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton, assinaram um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) com a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Este acordo levou à criação da Fundação Renova, que é mantida com recursos das três mineradoras.
A Fundação Renova, entidade responsável pela reparação dos danos da tragédia, considera esta possibilidade e estima que cerca de 80 mil trabalhadores informais deverão receber indenizações. As categorias de trabalhadores informais beneficiadas são a dos pescadores profissionais, revendedores de pescado, comerciantes, artesãos, agricultores, carroceiros, areeiros, ilheiros e lavadeiras.
Segundo a Fundação Renova, até junho de 2020, foram 10.096 indenizações em razão dos danos gerais sofridos, totalizando R$ 910,1 milhões. Mais R$ 227,5 milhões foram pagos a 267 mil pessoas que ficaram sem abastecimento de água após a tragédia. No entanto, após quase 5 anos, muitas categorias informais não haviam sido reconhecidos pela Fundação Renova entre os atingidos. Algumas delas sofreram impactos indiretos, como os comerciantes de comunidades pesqueiras que viram sua clientela sumir devido à queda da renda dos pescadores.