Damaso, Mourão e Ataídes brigam para assumir liderança da terceira via, o que significa chance de chegar ao segundo turno

A posse do suplente de deputado federal Tiago Andrino (PSB) na Câmara Federal na terça-feira, 7, colocou o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) no palanque do pré-candidato ao governo Osires Damaso (PSC). Amastha, que preside o diretório regional do PSB, mantinha uma postura de independência em relação aos pré-candidatos ao governo do Estado, mas se decidiu prontamente por Damaso após decisão do deputado de deixar o cargo para se dedicar à campanha eleitoral.

Amastha avalia que a decisão de Damaso revela cuidado com a coisa pública e postura solidária como os suplentes que também contribuíram para a sua eleição. Comemorou a decisão, classificando-a de “excelente casualidade”, mas que tem coerência, pois segundo ele, Damaso o apoiou em 2018, na disputa pelo governo do Estado, fazia parte da sua coligação. Agora terá condições de retribuir o apoio recebido. Amastha já garantiu que estará no palanque de Damaso, junto com o deputado Tiago Andrino.

Para Damaso, o apoio do ex-prefeito de Palmas representa uma conquista importante pra sua pré-candidatura. O PSB é um partido com forte musculatura e conta com nomes que podem surpreender nestas eleições. O técnico de futebol Wanderlei Luxemburgo, que é pré-candidato ao Senado, e o juiz aposentado Marlon Reis, pré-candidato a deputado federal, são nomes que podem puxar voto para a legenda, ajudando a eleger mais deputados. O PSC conta com o deputado Júnior Geo, segundo colocado na disputa pela prefeitura de Palmas, em 2020.

Damaso tem demonstrado muita disposição nesta pré-campanha. O que demonstra que está disputando a liderança da terceira via como o ex-deputado Paulo Mourão (PT, PC do B e PV). Nesta corrida o ex-senador Ataídes Oliveira (Pros) está um pouco atrasado, fora de ritmo e ainda patinando na sua falta de habilidade política para aglutinar apoio em torno do seu projeto. Ataídes sequer conseguiu um partido onde tivesse autonomia para montar um projeto de governo. O Pros o retirou da direção estadual, o que significa dizer que não tem garantias de que possa ser escolhido candidato, muito menos de contar com uma estrutura decente de campanha.

A terceira via no momento vem sendo liderada por Paulo Mourão que terá chances reais de ir para o segundo turno se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer no primeiro turno. Damaso vem logo em seguida. Suas movimentações políticas indicam que tem condições de brigar pela terceira posição com o petista. O diálogo entre os dois mostra uma terceira via forte que tem sim condições de sonhar com o comando do Palácio Araguaia. O processo está inteiramente aberto e só está começando. Mourão e Damaso tem voto fidelizado. Mourão, dos eleitores de Lula; Damaso, do segmento evangélico. O que já é um bom começo.