Mais um sinal de pujança da economia tocantinense foi mostrado pela Fieto na quarta-feira, 7. A economia estadual poderá ter, nos próximos dez anos, um acréscimo de R$ 15 bilhões com as cadeias produtivas do agronegócio de carne, arroz, piscicultura e silvicultura, soja e milho. O prognóstico é do professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcos Fava Neves, proprietário da empresa Markestrat, contratada para a elaboração de um estudo sobre o tema, apresentado nesta quarta-feira, 7.
Fava analisou o mercado da carne, mostrando dados que indicam o Brasil como o segundo maior em produção de carne bovina no mundo e quarto em consumo. Ele assinalou que mesmo com histórico de perda de 8% na economia dos últimos dois anos, a perspectiva para este ano é que o Brasil volte a crescer e ganhar espaço nos mercados interno e externo.
Quem compartilha do otimismo é o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado do Tocantins (Sindicarnes /TO), Oswaldo Stival, que viu no estudo, que considera “preciso e claro”, ferramentas para melhorar os resultados do segmento. Stival aponta como umas das possíveis alternativas para alcançar este crescimento a criação de uma Câmara Setorial da Carne no Estado com a participação de toda cadeia produtiva, Fieto e governo do estadual em atuação conjunta para fortalecer o segmento.
O estudo contempla a análise da viabilidade financeira do desenvolvimento da indústria local, a comparação da competitividade do Estado frente aos demais nestas áreas e a identificação de meios de fortalecimento destes setores por meio da transformação dos produtos. A contratação deu-se com recurso do Fundo de Desenvolvimento Econômico (CDE) e coordenação da Fieto.
O presidente da Fieto, Roberto Pires, disse que a transformação dos insumos do agronegócio é a grande saída para empregar mais, agregar valor, sair dessa dependência do emprego público e viabilizar que o Tocantins se torne um eixo de desenvolvimento. Para isso, nós precisamos de informações consistentes e um modelo de atuação nestas cadeias que nós apontamos como prioritárias”, disse.
Pires acrescentou que o objetivo principal é apontar medidas para ampliar tanto a produção como a organização de estratégias que desenvolvam a indústria da transformação. “O estudo aponta os caminhos que nós temos que percorrer para a recuperação, haja vista que foi demonstrado que o Brasil e o mundo crescem em demanda pelo produto da carne e o Tocantins, de uns anos para cá, diminuiu sua produção e exportação”.
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