Uma pesquisa do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, apontou uma possível estratégia para tratar pacientes com leucemias agudas com mutações e que ainda não têm uma terapia específica liberada para uso.

Com o uso de um tratamento experimental com a droga Revumenib, os cientistas conseguiram, em estudo clínico, a remissão completa da doença em 30% dos voluntários, totalizando 18 pacientes livres da doença.

A próxima etapa do estudo, publicado na Nature, é verificar os efeitos em outros cenários, como leucemias recém-diagnosticadas e para terapias de manutenção.

A leucemia é um tipo de câncer produzido nas células da linha mielóide (originária da medula) dos leucócitos. Ele se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais que se acumulam na medula óssea e interferem na produção de glóbulos vermelhos normais.

Por ser aguda, ela apresenta rápido desenvolvimento, o que torna extremamente importante dar início ao tratamento o quanto antes. Os resultados da pesquisa são preliminares e não sugerem uma cura definitiva, mas os autores do estudo estão otimistas.

Células tronco

Outro tratamento que vem sendo utilizado no combate a doenças, até então sem cura, é o transplante de células-tronco. Pela quarta vez na história, cientistas conseguiram curar um paciente com HIV, o vírus da aids. Uma mulher, moradora de Nova York, nos Estados Unidos, passou por um transplante de células-tronco para tratar um câncer, e não apresenta mais vestígios do vírus no organismo.

A paciente tinha câncer no sangue e passou por um transplante de células-tronco que vieram do cordão umbilical de um doador. Após 30 meses, os autores do estudo observaram que a mulher, mesmo sem fazer o uso das medicações antirretrovirais, não tinha mais HIV em seu organismo.