Uma pesquisa realizada pela Secretaria do Estado da Saúde (SES), apontou que a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que é transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, está concentrada nas residências.

Por isso, é essencial que os moradores realizem uma limpeza minuciosa tanto dentro quanto fora das suas casas, removendo qualquer objeto ou utensílio que possa acumular água parada, o que é ideal para a proliferação do mosquito.

Os profissionais da SES alertam que os imóveis que ficam desocupados por períodos prolongados têm um risco aumentado de abrigar focos de reprodução do mosquito. Segundo o Boletim de Dengue, nas primeiras 16 semanas epidemiológicas deste ano, houve 50.626 casos de dengue notificados em Goiás, o que representa uma queda de 68% em relação aos 159.813 casos notificados no mesmo período do ano passado.

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Apesar da redução nos casos de dengue, o coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika, Murilo do Carmo, enfatiza que a população não deve relaxar nos cuidados preventivos contra a proliferação do Aedes aegypti. Ele destaca que os dados sobre a dengue ainda podem ser adicionados, pois há uma demora no repasse das informações pelos municípios à SES, que é a responsável por incluí-las no sistema. Além disso, mesmo com a diminuição no número de casos, já foram registrados sete óbitos relacionados à doença este ano.

Combate

Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo, a cobertura de cisterna e reservatórios de água. Murilo acentua que o mosquito tem a capacidade de se reproduzir nos lugares mais inusitados. Um criadouro muito comum do vetor é o recipiente de degelo das geladeiras. “Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, informa.

O mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas e sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos e sifões na cozinha e no banheiro. O ovo do mosquito, em contato com água parada, leva, em média, sete dias para se transformar em mosquito adulto. Itens como tampinhas de garrafa, latas e copos plásticos podem, em pouco tempo, se tornar criadouros do Aedes.