Fundahc/UFG restringe novamente atendimentos eletivos em maternidades de Goiânia
04 outubro 2024 às 10h29
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A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) anunciou nesta sexta-feira, 3, uma nova restrição de atendimentos nas maternidades municipais. Por falta de repasse da Prefeitura de Goiânia, os serviços serão restritos apenas para urgências e emergências nas unidades em convênio com a entidade.
Segundo o documento da Fundahc/UFG encaminhado hoje para o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, o Executivo não cumpriu com o cronograma de pagamentos. Por isso, a entidade não conseguiu pagar os médicos, prestadores de serviço e fornecedores para manter os atendimentos, além de não adquirir mais material hospitalar.
“As restrições se devem aos atrasos de repasses financeiros da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a FUNDAHC/UFG. Conforme o cronograma enviado pela pasta no dia 13 de setembro de 2024, por meio do despacho n° 1244/2024 à fundação e que a até a presente data, não foi cumprido. Isso impossibilita os pagamentos e causa impacto direto na assistência adequada à população atendida e na segurança dos profissionais para desempenharem os seus serviços”, diz o ofício que informa a restrição dos atendimentos.
Pela ausência de repasses da SMS, os atendimentos serão restritos somente para urgências e emergências no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) e Maternidade Nascer Cidadão (MNC).
Essa não foi a primeira vez que o Fundahc/UFG suspende os atendimentos por falta de repasse do Paço Municipal. Em agosto deste ano, a entidade também passou pela mesma restrição de agora. No ano passado também houve outras restrições, inclusive uma situção que foi considerada como “Crise das Maternidades”.
O Jornal Opção entrou em contato com SMS a respeito de um posicionamento sobre a restrição e para solicitar o cronograma de pagamamentos. A pasta informou que ainda vai se pronunciar a respeito. A redação também tentou contactar a assessoria do Fundahc/UFG, mas não houve resposta.
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