Por que José Eliton e Daniel Vilela são as opções de renovação
01 abril 2018 às 00h00

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Políticos de uma mesma geração, o tucano e o emedebista são formados dentro de conceitos de modernidade cujo olhar está voltado para o futuro, para o avanço

nas conquistas dos quatro governos de Marconi Perillo | Foto :Fernando Leite/Jornal Opção
Esses dois homens, nascidos em cidades do Sudoeste goiano, têm apenas 11 anos de diferença de idade, e como tal, são da mesma geração. Neste ano, Daniel vai completar 35 anos, enquanto Eliton fará 46. Eles são pré-candidatos ao governo de Goiás, dois políticos jovens que, ao que tudo indica, vão se enfrentar diretamente nas urnas neste ano. E seja qual for o resultado, certamente, terão outros embates diretos e indiretos no futuro.
Daniel Vilela e José Eliton são dois políticos da nova geração — já com outros bons nomes da novíssima geração militando no cenário — que têm a responsabilidade de fazer avançar a política de Goiás, um Estado que há poucas décadas era conhecido pela truculência de seus políticos. Nesse ponto, bom fazer um rápido mergulho na nossa história.
Até a eleição de José Ludovico de Almeida, o Juca Ludovico, em 1954, a política goiana era conhecida nacionalmente pelo excessivo número de confrontos violentos e utilização do jaguncismo. Não raro, PSD e UDN resolviam suas diferenças na intimidação do adversário e mesmo na bala. Como atesta o jornalista Helio Rocha em seu “Os inquilinos da Casa Verde”, esta má fama de Goiás criou referência negativa na mídia nacional, o que só mudou depois da administração Juca Ludovico, que por isso recebeu a alcunha de “O Pacificador”, sendo chamado de “o governador de todos os goianos”.
Felizmente, a era de “jaguncismo” dos séculos passados ficou para trás, e, quando estamos prestes a ingressar na terceira década do século 21 (o que ocorrerá no meio do governo de quem for eleito neste ano), cabe a políticos como José Eliton e Daniel Vilela darem seguimento na confirmação dessa nova realidade de prática política moderna. Uma política civilizada, educada e de respeito aos adversários, em que as diferenças ideológicas são resolvidas no poder do diálogo e da aceitação do contraditório, que é base do Estado democrático de Direito.
São “o novo”?
E por que Eliton e Daniel são políticos que representam a renovação, ou, como virou moda dizer, “o novo”?
Primeiramente, é preciso registrar que nesse quesito há objeções aos dois. De Daniel Vilela se diz que não pode ser o novo quem é filho de Maguito Vilela, um político experiente que dentre os cargos eletivos só não foi presidente da República. O argumento não é justo, visto que o deputado tem luz própria e conquistou mandatos pelo seu esforço, sem descurar a força de seu sobrenome.
Daniel Viela tem demonstrado tirocínio político e seu discurso é sim de renovação, quando prega a necessidade de o MDB goiano se renovar e apresentar uma alternativa programática para o eleitorado goiano, sob pena de continuar sofrendo derrotas. E ele tem se desgastado nessa pregação, por exemplo, quando sofre resistência interna de prefeitos como Adib Elias (Catalão), Paulo do Vale (Rio Verde), Ernesto Roller (Formosa) e Renato de Castro (Goianésia), que querem entregar o partido a outras propostas que não representam nem de longe alguma renovação.
E na condição de deputado, tanto estadual quanto federal, Daniel procurou realizar um trabalho avançado, diferente dos seus pares. Pós-graduado em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele procurou trabalhar em conjunto com a academia. Em Brasília, constituiu um grupo em seu gabinete para colher subsídios de pessoas que pudessem contribuir de forma voluntária no aprofundamento de várias discussões.

para seu partido apresentar alternativa ao eleitorado | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Livro
Como deputado estadual, o emedebista usou sua verba indenizatória numa parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Funape), da Universidade Federal de Goiás (UFG), num projeto com técnicos e professores doutores, realizando levantamento histórico sobre temas importantes para o Estado de Goiás. Esse projeto resultou no livro “Políticas Públicas em Goiás – Diagnóstico, Avaliação e Propostas”, publicado em 2015 e que pode subsidiar qualquer plano de governo para o Estado.
Esse descortino de Daniel Vilela significa visão moderna, renovação política, independentemente de idade e de paternidade.
Já em relação a José Eliton, se diz que não é o novo também por ser filho de político — seu pai, Dr. Eltin, foi prefeito de Posse nos anos 1980. Além disso, não é novo por fazer parte de um governo em segundo mandato. Verdade, ele foi vice de Marconi Perillo na eleição de 2010, e continuou na vice em 2014. Eliton seria, portanto, a continuidade. O argumento tem alguma validade em termos temporais, mas ignora a manifestação explícita do tucano sobre isso.
José Eliton já teve oportunidades de dizer que pretende fazer uma gestão que dê continuidade às conquistas que Marconi Perillo efetuou nos dois mandatos — na verdade, avanços que vêm desde os dois primeiros governos dele, de 1999 a 2006, quando ele renunciou para se candidatar ao Senado e assumiu o governo o então vice, Alcides Rodrigues.
Eliton não tem dificuldade para apontar esses avanços, lembrando que Goiás passou a liderar estatísticas e programas nas áreas da saúde, educação, cultura, segurança e infraestrutura. Ele reitera que o Estado cresceu 10 vezes, desde 1999, nos quatro mandados de Marconi Perillo, como Produto Interno Bruto (PIB) saltando, no período, de R$ 17,4 bilhões para R$ 178 bilhões.
Reta ascendente
A balança comercial, por sua vez, cresceu mais de 20 vezes no mesmo período, passando de 384 milhões de dólares para aproximadamente 8 bilhões de dólares. O número de países com os quais Goiás mantém negócios, passou de 50, em 1998, para cerca de 160 no ano passado. “O resultado positivo é reflexo das reformas feitas por Marconi ao longo de seus quatro mandatos, do intercâmbio com outras nações, dos investimentos em educação, saúde, segurança, e das obras de infraestrutura que serviram de alicerce para que Goiás pudesse crescer com segurança, seguindo, sempre, uma reta ascendente.”
Mas, já disse o vice, se for eleito, vai buscar avanços que se fazem necessários, sem deixar de confirmar tudo que foi implantado e que se mostra certo. Mas, repita-se, buscando aperfeiçoamentos, uma vez que as demandas sociais se ampliam no decorrer do tempo, e muito daquilo que era satisfatório há alguns anos, pode carecer de incremento agora. É natural que seja assim.
Nesse sentido, o vice-governador (que assumirá a titularidade na próxima sexta-feira, 6 de abril, com a prevista renúncia de Marconi para disputar o Senado) preconiza uma gestão renovada, em cima de bases sólidas que foram instituídas nos últimos anos. A palavra renovada não deixa dúvida, portanto, quando se classifica a potencialidade de um governo José Eliton reeleito, a partir de 2019.