Como foram Goiás, Atlético e Vila Nova em 2023 (e como será 2004 para o trio)
31 dezembro 2023 às 00h01
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Imagine se três torcedores, cada um dos três grandes clubes do Estado – Atlético, Goiás e Vila Nova – não tivessem tido notícia do que fizeram seus times ao longo da temporada e só soubesse, por exemplo, o resultado de 2023 ao olhar na tabela e contemplar a colocação do seu time de coração.
O torcedor do Goiás, com certeza, seria o mais chateado, com o rebaixamento da equipe; o torcedor do Atlético ficaria feliz, com o acesso à Série A e o título goiano; porém, o torcedor do Tigrão, em tese, teria talvez um alívio pelo fato de o clube terminar a competição na 8ª posição, sem ser perigo de cair para a Série C.
Mas só quem viveu todo o ano do futebol de seu clube sabe as emoções por que passou. O vilanovense, por exemplo, sentiu a dor de ver o time deixar escapar a oportunidade ímpar de entrar para a história subindo para a Série A na última partida, perdendo para o lanterna da competição.
Com o fim da temporada de 2023 e outra se iniciando – o Jornal Opção resolveu trazer um balanço e uma nova perspectiva para os três clubes. Para isso, a reportagem ouviu alguns dos mais renomados comentaristas esportivos do Estado, que avaliaram a participação em suas respectivas competições e projetaram o 2024 de cada um.
Vila Nova
Para o comentarista esportivo André Isac, da PUC TV, o Vila Nova definiu sua temporada em apenas um jogo. “Se no último jogo tivesse vencido o ABC de Natal, 2023 seria o melhor ano da história do Tigrão, mas como perdeu, acabou sendo um dos piores”, disse. André justifica sua afirmativa apontando que o Vila foi desclassificado na 2ª fase do goiano, não conseguiu vaga na Copa do Brasil, saiu cedo da Copa Verde e da Copa do Brasil e, para fechar, não ganhou nada na Série B.
Por não conseguir uma vaga na democrática Copa do Brasil, o Vila não terá em 2024 uma competição rentável, reitera o cronista. Então, para André esportivamente o ano foi péssimo para o Tigrão. Por outro lado, ele enfatiza que houve muito aprendizado para a diretoria atual, que viu que o Vila Nova tem potencial para subir à elite do Brasileirão.
Já o jornalista e comentarista esportivo Gerliézer Paulo, da Band News, salienta que o Vila teve uma oportunidade de ouro, mesmo sendo uma equipe não favorita ao acesso, com um início de campeonato surpreendente, chegando até a liderar a Série B. O comentarista considera que o Colorado não soube lidar com o protagonismo. Os tropeços contra times da parte de baixo da tabela mostraram que o Vila não estava totalmente preparado. “Os holofotes parecem ter obscurecido a visão do time”, diz. “No último jogo, quando o Vila só dependia de si, falhou muito em um momento que não poderia falhar”.
Veterano da imprensa esportiva, o polivalente José Carlos Lopes, hoje na TV Capital, avalia que o Vila Nova teve um ano diferente. “O time fracassou mais uma vez no Goiano, que aliás, não ganha há 18 anos”, lembra Lopes, ressaltando que, entre 12 equipes do Estado, o Tigrão ficou no meio da tabela, o que “é inadmissível para um time grande”. Por isso, não foi para a Copa do Brasil. “O Vila foi um desastre no campeonato goiano”, conclui.
Na Copa do Brasil, da mesma forma, o clube parou no meio do caminho. Na Série B, Lopes avalia que houve contratações erradas de treinadores, o que prejudicou o avanço do time. “Depois, nem mesmo a boa reação com a volta do [treinador] Higo Magalhães e a resposta positiva do time foram capazes de fazer o time ganhar o último jogo e correr para o abraço com o feito inédito de fazer parte da elite do futebol brasileiro. Então, resumindo, o ano do Tigrão foi um fracasso”, conclui.
Outro experiente nome do esporte goiano, Cleber Ferreira, comentarista esportivo da Band News, ressalta que o Vila Nova traçou a estratégia de disputar o Campeonato Goiano com pequeno investimento, priorizando o gasto na montagem de um time competitivo para disputar a Série B, com objetivo de buscar o acesso para a Série A. “Passou mais um ano sem ganhar um Goianão, indo agora para 19 anos sem êxito na competição, e desperdiçou as inúmeras oportunidades para subir para a Série A no Brasileiro, perdendo pontos imperdíveis para equipes abaixo do nível técnico de seu time”, criticou.
De acordo com Cleber, o ápice foi a derrota na última partida para o já rebaixado ABC de Natal, quando uma vitória simples garantiria o acesso. O comentarista declara, porém, que o clube fecha o ano com um fato positivo, que foi a confirmação da capacidade de gestão da atual diretoria, que teve o presidente Hugo Jorge Bravo reeleito para comandar a agremiação por mais dois anos, com o aproveitamento dos nomes que já compunham a direção do clube.
Outro bom acontecimento do ano foi a negociação do lateral-esquerdo Rodrigo Gelado, revelado na base, com o Coritiba (PR). A transação deu ao clube a estabilidade para fechar o ano com dinheiro em caixa.
Cleber cita o fato de que em 2024 o Vila Nova terá os mesmos nomes que dirigiram o clube este ano. Ou seja, um grupo mais experiente para comandar o destino vilanovense. A tendência é de não repetir o que não deu certo. “O clube tem desafios importantes para superar no novo ano. Todos sabem que não é admissível para uma agremiação do tamanho do Vila Nova completar 20 anos sem ganhar um título regional.”
“Também é sabido que a disputa na Série B não pode ser uma mera participação, mas a busca bem planejada do acesso à Série A. O Vila só será respeitado como grande disputando a competição que os grandes clubes brasileiros disputam, que é a Série A”, disse Cleber Ferreira.
Atlético Goianiense
Para André Isac, o Atlético Goianiense atingiu os principais objetivos traçados para a temporada: a conquista de mais um Campeonato Goiano – o quarto em cinco anos – e a volta para a Série A. Contudo, André avalia que não foi tão tranquilo o Dragão conseguir os êxitos. Ele relembra que, no Goianão, o time de Campinas teve de trocar de técnico e alguns problemas surgiram. Um deles foi que, apesar de o time ter aberto uma vantagem no primeiro jogo da final, em casa, perde essa vantagem no segundo jogo contra o Goiás, na Serrinha, apenas conquistando a taça nas penalidades.
Na Série B, André Isac define que houve um primeiro turno ruim do Atlético e uma recuperação fantástica em seguida, por conta das contratações feitas por Adson Batista, incluindo a do técnico Jair Ventura. “No final das contas, 2023 terminou sendo maravilhoso para o Dragão, pois teve seus dois principais objetivos alcançados”, resume.
Gerliézer concorda que o clube de Campinas teve uma temporada positiva, com a conquista do Goiano e o acesso à Série A. “Os principais objetivos do ano foram atingidos”, completa. Para ele, dois fatores contribuíram bastante para que o desfecho fosse o acesso: ter dinheiro em caixa e, por esse motivo, conseguir se reforçar na janela da metade do ano; e ter um dirigente que conhece muito de futebol, como Adson Batista, que mais uma vez acertou na contratação dos reforços e do treinador, o que fez com que o time melhorasse na hora certa da competição.
Lopes ressalta que mais uma vez as coisas deram certo para o Atlético. O clube ganhou o bicampeonato na casa do rival, o Goiás. “O Dragão tem mostrado sua hegemonia na competição estadual”, afirma. Contudo, na Copa do Brasil, a equipe foi uma decepção, segundo o comentarista. “Entretanto, na Série B, mais uma vez Adson Batista mostrou todo seu conhecimento no mercado da bola e foi o protagonista na retomada de atitude do time que culminou no alcance do objetivo que já era considerado perdido, até mesmo pelo próprio Adson”, disse o comentarista.
Lopes faz uma projeção de um ano melhor para o Atlético, em 2024. “Tem dinheiro, é organizado, tem um grande dirigente e um treinador [Jair Ventura] que conhece a Série A, com passagens por grandes times do Brasil.” Da mesma forma para o Campeonato Goiano, o Atlético é o principal favorito, avalia Lopes.
Cléber Ferreira avalia que o Atlético teve o melhor aproveitamento em 2023, entre os clubes do futebol Goiano. Não foi longe na Copa do Brasil, mas no Brasileiro da Série B, alcançou o objetivo que era ficar entre os quatro primeiros colocados e conseguir o acesso à elite. A tudo isto somam-se os bons negócios que deram ao clube saldo superavitário, virando o ano com muito dinheiro em caixa.
A boa performance do Atlético em 2023, coloca o clube com a melhor oportunidade de bom desempenho em 2024, diz o comentarista. Boa parte do elenco que conseguiu o Estadual e subiu o time para a Série A permanece e a boa condição financeira assegura à diretoria condições de montagem de um time competitivo. “Outro ponto positivo é a manutenção do técnico Jair Ventura, que conseguiu o acesso com o clube e já conhece a casa e os métodos de trabalho da diretoria, o que é muito importante para a sequência do bom trabalho de 2023”, finaliza Cléber.
Goiás Esporte Clube
Foi um ano complicado para o Goiás Esporte Clube, relata André Isac. Tudo já começou mal com a eliminação precoce da Copa do Brasil, perdendo para um time bem menor, o Águia de Marabá (PA); depois veio a derrota na final do Estadual dentro de casa, nos pênaltis, para o rival Atlético. O radialista enaltece como positiva a conquista da Copa Verde, mas salienta que a queda para a Série B sacramentou o ano ruim do Verdão e ofuscou o único título da temporada. Para André, a falta de investimento no futebol ficou evidente. “O Goiás gastou muito pouco em jogadores e isso era notório na reta final da Série A, onde o time não teve capacidade para reverter o rebaixamento”, disse.
O comentarista pontua que o Goiás é o clube que menos está se movimentando até o momento para o próximo ano. A justificativa é a mudança do estatuto ocorrida em dezembro, com o clube trocando a gestão de um presidente executivo para o modelo de CEO. O escolhido para o cargo, Luciano Paciello, assumiu recentemente e só então vieram o gestor de futebol, Agnello Gonçalves e, depois ainda, o novo treinador da equipe, Zé Ricardo, apresentado na quarta-feira, 27. Por isso tudo, o planejamento está iniciando só agora.
A grande missão do Goiás, segundo André Isac, é montar um time competitivo. “Se vai conseguir sucesso ou não, eu não sei, mas eu já vi o Verdão subir com time bom e com time ruim também. É bom lembrar que o Goiás é um time que tem tradição na Série A, por isso é sempre um dos favoritos para voltar”, pensa André.
Com o novo estatuto, a direção do Goiás será mais profissional, deixando a figura do colaborador “abnegado”, isto é, aquele dirigente que presta um serviço ao clube sem remuneração. Agora o time será dirigido por profissionais de fato, que serão assalariados. “Não posso afirmar que irá dar certo, mas acredito eu que dessa forma a chance de obter êxito é bem maior”, avalia o comentarista.
Gerliézer avalia que em 2023 o Goiás naturalmente correria risco de rebaixamento, até porque tinha um dos menores orçamentos da Série A. Além disso, a diretoria errou fazendo contratações de “apostas”, calcula o comentarista. “Eram muitos jogadores sem experiência de Série A, de qualidade duvidosa. O Goiás economizou no time, mas acabou pagando caro pela qualidade fraca do elenco esmeraldino.”
“Com o novo formato de gestão que comandará o Goiás a partir de agora, precisamos de tempo para ver se será capaz de mudar a mentalidade do clube e focar mais no futebol, nos resultados e nos objetivos desportivos”, reitera, Gerliézer.
Cleber frisa que o Goiás vive um novo momento de gestão, com a edição de um novo estatuto que alterou completamente a forma de administração do clube. O sucesso ou insucesso em 2024 passa pela eficiência da nova forma de gestão, que, como toda mudança, precisa do tempo para ser avaliada. “O máximo que pode ser dito é que a tentativa se tornou necessária, já que a antiga forma de gestão, tinha na figura forte de Hailé Pinheiro sua pilastra de sustentação e ele infelizmente faleceu. É esperar para ver como serão as coisas dentro desta nova realidade”, conclui
Cléber Ferreira pontua que o Goiás fechou o ano com aproveitamento muito distante do planejado pela diretoria. Perdeu o Estadual para o Atlético, não teve bom desempenho na Copa do Brasil e no Brasileiro caiu de divisão. Para ele, a diretoria cometeu erros sucessivos: montou mal o elenco, aproveitou mal a janela para as contratações, apostou em um técnico português, Armando Evangelista, “que não teve a competência que a equipe necessitava”. O desastre não foi maior porque, diz Cléber, apesar dos gastos malfeitos, o clube fecha o balanço do ano com dinheiro em caixa e foi campeão da Copa Verde, “mas uma competição deste quilate para um clube do tamanho do Goiás não tem significado relevante”.
Especialistas avaliam próxima temporada dos goianos
André Isac frisa que o Vila Nova é o time que mais está se movimentando para a próxima temporada. Ele sublinha que já são 12 contratações, com destaque para o atacante Fernandão que estava na Tombense (MG) e que em 2020 jogou pelo Goiás. O cronista evidencia a renovação do goleiro Dênis, que para ele, foi um dos destaques da série B.
Já o Atlético, que se apresenta somente no início do ano, está se movimentando mais em silêncio. A diretoria prometeu apresentar pelo menos 12 atletas quando iniciar os treinamentos no dia 6 de janeiro. Com a manutenção do técnico Jair Ventura e a promessa de maior investimento financeiro no time, a missão do Dragão será a continuidade do bom trabalho do treinador e a permanência na série A, salienta André. Ademais, existe a expectativa da contratação do experiente Vágner Love de 40 anos de idade, mas foi um dos artilheiros da série B atuando pelo Sport Recife.
O comentarista da Band News, Gerliézer Paulo, relata que tanto o Goiás como o Atlético estão “um pouco parados” para o início de temporada, mas a tendência é que na primeira semana de janeiro comecem a surgir os nomes de atletas que chegarão para as equipes. Já o Vila Nova adotou uma postura diferente, estando bem adiantado na preparação do Goianão. “É um elenco com alguns atletas experientes, mas também com muitas apostas. Para mim, esse time que está se mostrando no Vila é um mistério, ou seja, não dá para cravar nada por enquanto.
Gerliézer avalia que todos os times goianos fazem um trabalho ruim com suas categorias de base. Para ter ideia, em 2022 nenhum jogador da base foi titular nesses times e, em 2023, apenas um teve oportunidade no time principal, que foi Rodrigo Gelado, do Vila Nova. “Penso que a base precisa ser fortalecida para que ela possa fornecer jogadores de qualidade para os clubes e gerar boas receitas. Infelizmente o trabalho é ruim, pois não se consegue formar jogadores para complementar elencos”, conclui.
ANÁLISE
O que podemos esperar dos 3 grandes goianos no futebol em 2023?
Goiás
O Goiás Esporte Clube teve uma temporada de 2023 para ser, se possível, esquecida. O Verdão sofreu seu quarto rebaixamento na era dos pontos corridos e, apesar de ter saído precocemente da Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, não conseguiu reunir forças para focar na única competição que lhe restava – o Campeonato Brasileiro.
Há quem diga que o maior erro do Goiás em 2023 foi priorizar ao mesmo tempo três competições. Ouvi alguns torcedores que diziam Inconformados: “Não tem time nem para um campeonato e quer jogar logo três de uma só vez?”. Concordo com os que pensaram assim. Para disputar mais de uma competição, precisa ter elenco para todas, e o Verdão definitivamente não tinha. Por isso, foi um dos clubes com mais jogadores parados no departamento médico.
A conclusão é que faltou um bom planejamento na Serrinha. Lembro-me de um ditado que diz que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Com um elenco pequeno e jogadores medianos, qual seria o “pássaro na mão”? Penso que a permanência na elite do futebol brasileiro.
Outro problema, foi o baixo investimento para melhorar a qualidade técnica de seus jogadores. Apesar de ter tido uma arrecadação superior a R$ 7 milhões somente de bilheteria como mandante, segundo um estudo da Pluri Consultoria. Para se ter uma ideia, em relação a investimentos, o Goiás gastou cerca de 420 mil euros, ficando atrás do Cuiabá que investiu aproximadamente R$ 2,62 milhões de euros.
A conquista da Copa Verde não foi suficiente para baixar a temperatura no clube e muito menos em relação aos seus milhares de torcedores. Teoricamente, o time teve mais tempo para se preparar e focar somente na Série A, porém, nem isso o Esmeraldino conseguiu fazer com êxito.
Nem mesmo com a contratação de um técnico respeitado em seu país, Portugal, o time conseguiu sobressair. Armando Evangelista havia ganhado prêmios importantes na liga portuguesa, como ter sido escolhido, na época, o melhor treinador do mês de seu time, o modesto Arouca, e o título de melhor treinador da segunda divisão, no ano anterior. Aliás, Evangelista foi apenas o segundo treinador estrangeiro da história do Goiás.
Na verdade, o problema do Goiás, não era o treinador, ou os treinadores, mas sim, o baixo nível técnico do seu elenco, que na verdade, era ruim. Com um time abaixo da média, poderia trazer o consagrado Josep Guardiola, do Manchester City, que não conseguiria sucesso.
Em 2024, o clube promete que será diferente com o novo modelo de gestão aprovado. O novo estatuto prevê a possibilidade de o Goiás se tornar uma sociedade anônima de futebol (SAF). Mas a SAF poderá resolver os problemas da agremiação e tornar o Verdão mais competitivo? Isso é uma incógnita. O que precisa é uma mudança radical de gestão do clube que venha o transformar em um clube ambicioso. Vejo até com bons olhos o novo estatuto, mas será que a permanência de Edminho Pinheiro no conselho deliberativo é uma boa ideia?
Vila Nova
O clube completará, em 2024, 19 anos sem ganhar um título estadual. É muito para uma agremiação do tamanho do Vila. O time começou bem a Série B, chegando até mesmo a liderar a competição. Os fanáticos torcedores acreditaram até o último jogo que o time chegaria à elite do futebol.
A partida contra o ABC de Natal revelou o quanto a torcida é louca por esse time. Muitos deles, fizeram até empréstimos bancários para ir até a capital potiguar ver o jogo e empurrar o time contra um adversário já rebaixado. Mas infelizmente, foi tudo em vão, os jogadores decepcionaram a grande massa vilanovense.
Tenho um colega de trabalho que, assim como muitos, fez essa loucura por amor ao time de coração, mas voltou frustrado e desiludido em relação ao futuro do clube. Teve torcedor que ficou sem acesso e sem a esposa ao retornar para Goiânia. Para esse ano, a diretoria promete trazer um pouco de alívio para a torcida ganhando o Goiano. O técnico Higo Magalhães foi mantido.
Atlético
O Dragão conseguiu alcançar os maiores objetivos traçados para a temporada. Ganhou mais uma vez o Goiano, em cima do Goiás e na casa do adversário – o que, aliás, já virou rotina para o Atlético. Hoje pode-se afirmar que, em campo, o maior rival do Goiás é o Dragão.
Contudo, quem não acompanhou o Brasileiro pode ter pensado que foi fácil o acesso, mas nada disso. O Atlético sofreu muito a maior parte da competição, a ponto de o experiente e competente presidente campineiro, Adson Batista dizer que estava jogando a toalha.
Entretanto, ele mesmo, com seus conhecimentos no futebol, conseguiu reverter a situação fazendo boas contratações, incluindo o técnico Jair Ventura, que mudou totalmente a maneira de o time jogar, e o milagre aconteceu. Ao contrário do Vila Nova que desfaleceu na hora errada, o Dragão ressurgiu no momento certo do campeonato.
Com a manutenção da comissão técnica, Adson Batista mostra que o Atlético virá forte para todas as competições que disputará em 2024, mas com a ressalva de que o principal objetivo será a permanência na Série A.
Será que não está na hora de voltar às práticas antigas, que podem até ser consideradas arcaicas, mas que funcionavam muito bem com o auxílio desses profissionais que saiam Brasil afora à procura de talentos? O Brasil é cheio de jogadores talentosos atuando em campeonatos de várzea ou de menor expressão nos interiores do país. O próprio Goiás já teve boas experiências nesse sentido, como é o caso do trio Araújo, Marquinhos e Josué, jogadores que deram muitas alegrias aos torcedores entre 1997 e 2004.
Como será o Campeonato Goiano 2024
O Goianão se iniciará em 17 de janeiro, com final previsto para 7 de abril. O campeonato manterá a forma adotada na última temporada. O calendário do Goianão 2024 contará com 17 datas, uma a mais do que o padrão estabelecido pelo calendário base do futebol brasileiro para os Estaduais. Enquanto a previsão nacional aponta o início dessas competições para 21 de janeiro, o Goianão se antecipará um pouco.
Esta será a edição de número 81, com a participação de 12 equipes, sendo que contará com duas novidades: Goiatuba e Jataiense, campeão e vice da divisão de acesso de 2023. Os outros dez clubes confirmados são, Goiás, Vila Nova, Atlético, Crac, Anápolis, Goianésia, Goiânia, Iporá, Morrinhos e Aparecidense.
Todas as equipes se enfrentarão na primeira fase, em turno único e será no modelo de pontos corridos. Os oito primeiros colocados avançam para as quartas-de-final, enquanto os dois últimos são rebaixados para a Divisão de Acesso.
Por causa do formato de turno único na primeira fase, os jogos em casa e fora serão distribuídos de forma diferente. Portanto, os seis mais bem colocados da competição em 2023 mandarão seis jogos em casa e cinco irão visitar os adversários. Já os outros times, farão o contrário.
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