O cristianismo é a religião predominante no mundo. Os dados são da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), com 31,4% da população mundial. Logo em seguida vem o islamismo, com 23,2%, e o hinduísmo, com 15%. Dessa forma, na data em que se comemora o nascimento de Jesus, nem metade do planeta celebra o Natal. 

Além do islamismo e do hinduísmo, crenças como o budismo, o judaísmo e o taoísmo são algumas das outras que não seguem o ideário cristão. Cada uma tem seus dogmas, peculiaridades e até calendários diferentes.

Alguns países que não celebram o Natal

Uma das culturas que reconhece a existência de Jesus, mas não o vê como divindade, é a judaica. Eles não comemoram nem o Natal nem o Ano Novo da mesma forma que os cristãos. Em Israel, a comemoração de fim de ano é o Hanukah, que significa “festa das luzes”, em hebraico, e lembra as vitórias contra a opressão, a discriminação e a perseguição religiosa. A data marca a vitória dos judeus sobre os gregos há mais de 2 mil anos, na batalha pela liberdade de seguir sua religião.

Na China, a religião predominante é o taoísmo, que não faz qualquer referência ao Natal. Essa cultura tem inúmeras outras datas em que se comemora o nascimento de grandes mestres ou a ascensão deles. O Ano Novo chinês, comemorado segundo o calendário lunar, é uma data flutuante. Em 2023, foi comemorado em 22 de janeiro. Já em 2024, será em 4 de fevereiro.

O hinduísmo presente na Índia também não celebra o Natal. Essa religião tem como principais celebrações o Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. São festividades relacionadas a energias, danças e cantos e têm apenas um significado: adorar a “energia divina”.

Países e localidades onde prevalece o budismo – como Vietnã, China, Tibete, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka e Tailândia –, não se envolvem com o nascimento de Jesus. Embora admirem e respeitem a tradição, para esses povos Jesus é considerado um “Bodhisattva”: um ser de sabedoria elevada, que segue uma prática espiritual que visa superar dificuldades e beneficiar todos os demais seres.

Nações islâmicas – como Arábia Saudita, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Nigéria, Líbia e Irã – não se baseiam nos preceitos cristãos. Para esses povos, são mais relevantes os ensinamentos de Maomé, profeta que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C. Segundo eles, Jesus foi apenas um dos cinco profetas que vieram trazer a palavra de Deus ao homem. Por isso, eles mantêm uma relação de respeito com a data, mas não a consideram sagrada.

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