Saiba como não expor dados de menores de idade nas redes sociais
19 julho 2023 às 09h28
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O criador e diretor executivo do Meta, Mark Zuckerberg, que administra as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, postou recentemente uma foto junto a sua família. Entretanto, o detalhe que chamou a atenção foi o uso de emojis para esconder os rostos das duas filhas mais velhas. Apesar de não comentar sobre o assunto, muitos cogitam que a decisão foi feita para poder reservar a privacidade das duas crianças.
A decisão de Zuckerberg gerou controvérsias nas redes sociais porque muitos apontaram que a medida seria “hipócrita”. Já que ele é dono de empresas que permitem a exposição de dados e estaria mantendo a privacidade da própria família. Por outro lado, a postagem também reascendeu debates sobre os perigos da exposição de menores de idade.
Por exemplo, segundo especialistas, existem pelo menos quatro formas de expor informações pessoais de crianças e adolescentes: perfis, shareting, postagem de terceiros e interações em grupos/fóruns.
Os dois primeiros são bem semelhantes, sendo que o shareting é quando os pais ou responsáveis compartilham informações sobre os filhos na internet. Já o segundo é quando a criança aparece em uma postagem de terceiro, permitindo a identificação. As duas formas de exposição podem revelar detalhes sobre o cotidiano e rotina do menor.
Já no caso dos perfis, o espaço pode conter informações pessoais como nome e localização da escola que ficam disponíveis para qualquer um acessar. Mesmo perfis que não sejam públicos ainda podem ter dados coletados pela plataforma utilizada. Por fim, as interações em grupos e fóruns podem compartilhar detalhes sobre a vida, sem que a criança ou o adolescente perceba os riscos.
Ou seja, redes sociais não seriam espaços recomendados para crianças frequentarem. Segundo a políticas de Uso e Privacidade do Facebook e do Instagram, a idade necessária para acessar é 16 anos. Fora que alguns países podem exigir que seja 18 anos.