Um novo protesto foi organizado na tarde desta segunda-feira, 20, por ex-funcionários da drogaria Santa Marta, no setor Pedro Ludovico em Goiânia. Cerca de 30 trabalhadores acusam a rede de não pagar as verbas rescisórias de colaboradores demitidos sem justa.

As demissões em massa começaram no início do mês de março e até o momento os trabalhadores não receberam acerto e a documentação da rescisão de contrato de trabalho.

Segundo denúncias, além de não a pagar as verbas rescisórias, a rede também não tem recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) há mais de 10 meses e o salário referente ao mês de fevereiro que foi trabalhado ainda não foi pago.

A Santa Marta é alvo de denúncias de irregularidades desde o ano passado, incluindo a falta de depósito do FGTS há mais de dez meses. Representantes do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás acreditam que a recuperação judicial seria uma estratégia para não honrar os pagamentos.

A rede de drogarias Santa Marta entrou com pedido de recuperação judicial após fechar 18 lojas e demitiu 350 funcionários em Goiás e no Distrito Federal. Outras 45 unidades seguem em funcionamento.

Recuperação judicial

A rede Santa Marta divulgou, na quarta-feira, 15, que entrou com um novo pedido de recuperação judicial. Em nota, a empresa afirmou que garantiria o cumprimento dos direitos trabalhistas, porém a rede tem realizado demissão em massa e ignorado os ex-funcionários.

Na nota divulgada à imprensa, a rede disponibilizou um telefone para que os ex-funcionários possam tirar suas dúvidas quanto às rescisões, mas segundo os manifestantes, ninguém atende. O processo de recuperação judicial corre na comarca de Aparecida de Goiânia.

Esse é o segundo pedido da empresa. Entre os anos de 2010 e 2014 ela havia passado por um processo semelhante. A empresa alega ter um passivo atual de R$ 93,1 milhões, resultante de prejuízos acumulados desde o início da pandemia.