No seu discurso na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, manifestou o desejo de “passar uma borracha no passado”, solicitando anistia para os golpistas investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a si mesmo.

Durante o evento, realizado em cima de um trio elétrico ao lado de aliados, Bolsonaro clamou ao Congresso por um Projeto de Lei de anistia, argumentando que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns traz insegurança para todos nós”.

O ex-chefe do Executivo negou explicitamente a tentativa de golpe após as eleições de 2022, admitindo, no entanto, a existência de um texto nesse contexto.

A convocação do ato ocorreu pouco depois de Bolsonaro se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), suspeito de arquitetar um golpe em caso de vitória de Lula nas eleições de outubro de 2022.

Antes do evento, Bolsonaro assegurou que este seria pacífico e respeitaria a Constituição Brasileira. Ao convocar seus apoiadores, ele pediu que evitassem levar faixas e cartazes à Avenida Paulista, numa estratégia para evitar atritos com o STF e o ministro Alexandre de Moraes.

Ao longo de seu discurso improvisado, o ex-presidente criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por sua inelegibilidade, contestou o Supremo Tribunal Federal pelas penas atribuídas aos participantes dos ataques de janeiro de 2023, agradeceu aos presentes, relembrou o atentado que sofreu em 2018 e fez uma análise de seu governo. Além disso, lançou críticas ao presidente Lula (PT) sem mencioná-lo explicitamente.