O projeto de lei que visa restringir jogos de futebol em Goiânia em horários considerados de pico está acalorando os debates na Câmara Municipal. O presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), criticou o texto dizendo que “até parece que Goiânia não tem outros problemas”, afirmando que outras questões do município são mais urgentes.

“A Câmara não pode legislar sobre esse tipo de assunto, não é da nossa competência. O que parece é que Goiânia não tem outros problemas para vereador ficar procurando questões onde não existe”, declarou o presidente.

Policarpo ainda completou as críticas afirmando que Goiânia caminha na contramão do progresso nos clubes com esse projeto, uma vez que eles trabalham, dentre outros, com projetos sociais lotados de crianças carentes que precisam de ajuda, de união do poder público. “Não vejo a prefeitura e muitos vereadores batendo a porta dos clubes para oferecer qualquer tipo de auxílio”, pontuou.

O autor do projeto, vereador Paulo Magalhães (UB) rebateu as falas do colega, dizendo que “ele está mais preocupado com o futebol do que com a população de Goiânia”. Segundo Magalhães, seu projeto atende uma grande demanda da população e visa fazer valer a Constituição.

“Ele não está preparado nem para ser vereador, que dirá presidente, ele não sabe o que está falando”, rebateu Magalhães. “Se tem vereador que quer trabalhar com futebol, que renuncie ao mandato e vá trabalhar com futebol, aqui nós trabalhamos para a população”.

Segundo o autor do texto, o cidadão que mora nas regiões de estádios não tem o direito de não conseguir chegar em casa em dia de jogos e faz parte das preocupações do poder público tratar do problema. “Precisamos respeitar a Constituição Brasileira, o direito de ir e vir. É obrigação das autoridades garantir que o cidadão chegue à sua casa, e no horário de pico em dia de jogos isso está ficando impossível”, disse Paulo Magalhães.