Um homem foi preso suspeito de matar ao menos três usuários de drogas e moradores de rua, em Goiânia. Conforme a corporação, o criminoso matava por prazer e tinha o costume de beber o sangue das vítimas após os crimes.

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Os homicídios teriam ocorrido em dezembro de 2023 e em fevereiro deste ano. O suspeito se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas para atraí-las e, em seguida, praticar os assassinatos. 

O homem foi preso no último domingo, 25, pela Polícia Militar (MP). Nesta terça-feira, 27, a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) da Polícia Civil (PC), com o auxílio da Polícia Técnico-científica, cumpriu medidas cautelares contra o suspeito.

Durante as buscas, a polícia conseguiu identificar manchas de sangue pela casa do homem, que chegou a lavar a residência para esconder os vestígios. O material genético foi encontrado por meio do Luminol – substância química usada pela perícia.

Sangue de vítimas encontrado pela perícia na casa do suspeito | Foto: divulgação/PC

(Em atualização)

Como o Luminol é usado em cenas de crimes?

Desenvolvido por O. H. Albrecht em 1929, o luminol é uma substância química que emite luz azulada ao entrar em contato com íons de ferro presentes na hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Ampla utilização em cenas de crime pelos peritos forenses, o luminol é empregado para identificar a presença de sangue em locais previamente limpos ou lavados.

O luminol, inicialmente em forma de pó e composto por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (C8H7N3O2), é diluído em água e água oxigenada para aplicação prática. Ao entrar em contato com íons ferro, catalisadores da oxidação do luminol, ocorre a quimiluminescência, uma reação química que resulta em manchas azuladas indicativas de sangue. A reação é tão sensível que até pequenas quantidades residuais de sangue, contendo íons de ferro, podem desencadear a detecção, mesmo após limpeza.

A aplicação do luminol em campo envolve a diluição da substância e o armazenamento em um borrifador especial. As manchas azuladas, visíveis a olho nu em ambientes pouco iluminados, facilitam a identificação de vestígios latentes de sangue. A reação luminosa inicia-se 5 segundos após a aplicação da substância no local, acelerada pela presença de íons ferro.

Além disso, o luminol é capaz de identificar sangue mesmo em locais limpos com produtos de limpeza ou após longos períodos, contribuindo significativamente para a solução de diversos crimes quando aplicado corretamente.