Padrasto de Pedro Lucas, indiciado por matar e ocultar o corpo do enteado, é solto
08 março 2024 às 19h15
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José Domingo Silva Santos, que foi indiciado pela morte e ocultação do corpo do menino Pedro Lucas, de 9 anos, foi solto nesta sexta-feira, 8. A podido de soltura partiu o Ministério Público de Goiás (MPGO) e que foi acatado pela Justiça.
O delegado responsável pela investigação, Adelson Candeo, disse ao Opção que a Polícia Civil havia pedido a conversão da prisão temporária em preventiva. “A Polícia chegou a pedir a conversão da prisão, mas a Justiça decidiu acompanhar o entendimento do Ministério Público”, afirmou.
O promotor do caso, Paulo de Tharso Brondi, afirmou no pedido de revogação da prisão que não existe, até o momento, prova técnica (científica) que ligue o investigado ao desaparecimento de Pedro Lucas. “Nem mesmo o corpo da vítima foi encontrado. A perícia de DNA não foi conclusiva quanto ao sangue encontrado na residência da criança”, afirmou no pedido.
O delegado disse que ele está solto e aguardando julgamento e que o acusado não está utilizando tornozeleira eletrônica.
Relembre o caso
Pedro Lucas desapareceu em novembro de 2023. De acordo com a Polícia Civil o garoto levou o irmão para a escola e nunca mais foi visto. Inúmeras ações de busca e resgate foram feitas, mas pela falta de informações o caso passou a ser investigado como homicídio.
As buscas foram retomadas neste mês após detentos enviarem uma carta escrita à mão indicando onde poderia estar o corpo do garoto desaparecido há mais de quatro meses, em Rio Verde. No manuscrito, os presos afirmam que o padrasto do estudante confessou o crime com detalhes.
O documento informa que o menino teria sido morto pelo padrasto e, em seguida, esquartejado. As partes, de acordo com informado pelos presos, foram divididas entre uma mala e um saco plástico, que foram enterrados em uma mata de Vila Borges.
O local da ocultação seria próximo a uma cerca de paletes e de um córrego. Ao Jornal Opção, o delegado Anderson Pelágio explicou que José não confessou o homicídio, mas acredita que as informações dos detentos são verídicas.
A corporação realizou duas buscas no local, porém, sem sucesso. O delegado informou que a região é extensa e acidentada e que precisou solicitar à Prefeitura de Rio Verde uma uma limpeza na área de buscas.