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Uma carga com 8 mil produtos terapêuticos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi apreendida nesta terça-feira, 1º, em Ceilândia, no Distrito Federal. A mercadoria, que era transportada pela BR-070, saiu do Ceará com destino à Goiás. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os medicamentos estavam sendo transportados sem nota fiscal, mas o que mais chamou a atenção da corporação foram os rótulos. Um dos itens, conforme a embalagem, curava de gonorreia (doença sexualmente transmissível) a amidalite (inflamação na garganta). 

A amidalite pode ser causada tanto por vírus quanto por bactérias ou em associação entre os dois agentes. Pelo indicação do rótulo, supõe-se que sua atuação seja em infecções bacterianas já que a gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Importante ressaltar que antibióticos, substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, tem venda controlada.

Agentes fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) também participaram da apreensão. O carregamento foi encaminhado para a perícia.

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Medicamentos milagrosos 

O Jornal Opção mostrou que medicamentos milagrosos, que prometem curar qualquer tipo de vírus ou doença, inclusive, o próprio câncer ou HIV, causador da AIDS, são comercializados livremente pelas plataformas digitais. O preço de 100 ml de um remédio “cura tudo”, que a própria medicina não conseguiu alcançar, por exemplo, chega a R$ 30, mas o frete é por conta do comprador. 

Os vendedores também garantem, além da cura de pelo menos 23 diferentes doenças e vírus, que os produtos não são prejudiciais ao organismo, visto que são feitos de raízes, folhas e cascas de determinadas plantas. Entretanto, assim como os apreendidos pela PRF, eles não possuem registro da Anvisa.