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A história do mestre que dizia “paciente não rima com número, rima com gente”

Jornal Opção republica entrevista histórica concedida pelo médico goiano pioneiro, fundador da Faculdade de Medicina e do Hospital Santa Genoveva, que morreu na semana passada

Supremo Tribunal Federal: Paulo Henrique Amorim terá de pagar R$ 60 mil a Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo

1Em 2009, o jornalista Paulo Henrique Amorim (foto acima) disse que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, era racista (danos morais). Kamel o processou e foi ganhando nas instâncias iniciais, até vencer, em definitivo, no Supremo Tribunal Federal. Amorim terá de pagar 60 mil reais ao jornalista das Organizações Globo. Amorim terá de pagar, além da indenização, as custas processuais e honorários advocatícios — 10% do valor da condenação. Kamel diz que, como escritor e jornalista, batalha, desde o início da carreira, contra o racismo.

Bomba! Poltergeist ataca na redação de O Popular e exonera Milton Alves do Tribunal de Contas do Estado

destaque Segundo um jornalista, o “Pop” “está com a macaca” — tal o volume de erros em suas páginas, e, mesmo assim, o jornal não faz as devidas correções. Na terça-feira, 9, na coluna “Giro”, do “Pop”, aconteceu um fenômeno “mediúnico”. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Milton Alves, depois de “assumir” o cargo de diretor-geral da Assembleia Legislativa de Goiás, pediu exoneração. A seguir, para ficar por dentro, ou por fora, leia a nota “Demissão aceita”, escrita pelo repórter-colunistsa Jarbas Rodrigues Jr.: “Afastado do cargo de diretor-geral da Assembleia desde que foi preso pela Operação Poltergeist, Milton Alves entregou ontem seu pedido de exoneração”. Como se sabe fora da redação do “Pop”, quem pediu exoneração foi Milton Campos, e não Milton Alves. Como há uma operação Poltergeist, Jarbas Rodrigues deve ter pensado mais ou menos assim: como o brilhante político mineiro Milton Campos já morreu, o nome deve ser Milton Alves. Milton Alves é conselheiro do TCE. E, curiosamente, o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), quer ocupar sua vaga ainda este ano. Milton Alves diz que sai apenas em 2015.

Bomba! Jarbas Rodrigues, da coluna Giro, de O Popular, cassa mandato do deputado Thiago Peixoto e o elege vereador

thiago peixoto O “Pop” acaba de promover uma ampla reforma política, ao cassar o mandato de um deputado federal, Thiago Peixoto, e elegê-lo vereador em Goiânia. Confira a nota “Trocar líder”, da coluna “Giro” (quarta-feira, 9), assinada pelo repórter Jarbas Rodrigues Jr.: “A bancada do PSDB também se reuniu na Câmara de Goiânia. Além de combinar mais ataques ao PT e ao PMDB, quer trocar o líder Thiago Peixoto, que é pré-candidato a deputado estadual”. O repórter do “Pop” esquece uma função básica do jornalismo: por que a bancada quer trocar o jovem líder? Jarbas "Passarinho", ops!, Rodrigues, nada diz. Como se sabe fora da redação do “Pop”, Thiago Peixoto é deputado federal e, portanto, não despacha na Câmara Municipal de Goiânia. Mais: Peixoto está entre os políticos “protegidos” pela redação do jornal. Bola fora dupla, portanto, de Jarbas Rodrigues. Ah, sim, Thiago Peixoto também não trocou de partido. Até terça-feira, 8, quando Jarbas Rodrigues redigiu a nota, o jovem economista era filiado ao PSD. Nunca foi do PSDB. E, como não há mais “tempo” para trocar de partido, continua no PSD. Ao contrário do que publicou o “Pop”, o líder do PSDB na Câmara é o vereador Thiago Albernaz, neto do ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz. O motivo pelo qual o outro Thiago, o Peixoto, é protegido, na redação do “Pop”, todos sabem. As razões das críticas frequentes a Albernaz, também Thiago, só Jarbas Rodrigues e uma repórter do jornal podem explicar.

Bomba! Furo internacional. O Popular diz que a presidente Dilma Rousseff está grávida

A reportagem “Dilma sobe o tom em resposta para a oposição” é a da Agência O Globo e foi publicada pelo “Pop” na terça-feira, 8 (página 11). No último parágrafo, o repórter escreveu: “Nas duas últimas semanas, os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) vêm atacando a gestação de Dilma, principalmente devido à crise na Petrobrás e à situação da economia”. Claro que não é “gestação” — o que sugere que a presidente Dilma Rousseff, de mais de 60 anos, está grávida —, e sim gestão. O editor do “Pop” pode culpar a agência? Não pode. O editor da página deveria ter corrigido o erro. Até agora, no site do jornal, não há nenhuma correção, o que indica que os editores não perceberam o erro. o_popular 620

Mino Carta, Demétrio Magnoli e Fábio Pannunzio: polêmica sobre apoio ou não à ditadura. Confira os três artigos

Eu sei o que você escreveu ontem
mino cartaDemétrio Magnoli “Os senhores escravocratas do século 21 ainda se movem ao sabor das crenças de 50 anos atrás (...)”, escreveu Mino Carta na revista "CartaCapital" do dia 2/4, para concluir: "Daí a oposição sistemática aos governos Lula e Dilma". Na política, o passado é uma massa de modelagem sempre disponível para servir aos interesses do presente. Sugerir que os críticos do lulismo são reencarnações dos golpistas de 1964 já se tornou um clássico da "imprensa" chapa-branca. Quando, porém, a fábula emana do teclado de Carta, um cheiro de queimado espalha-se no ar. Nos idos de 1970, Carta ocupava o cargo de diretor de Redação da revista "Veja" e assinava os editoriais com suas iniciais. O que M.C. escreveu em 1º de abril de 1970, sexto aniversário do golpe, está no acervo digital da revista: "Propostos como solução natural para recompor a situação turbulenta do Brasil de João Goulart, os militares surgiram como o único antídoto de seguro efeito contra a subversão e a corrupção (...). Mas, assumido o poder, com a relutância de quem cultiva tradições e vocações legalistas, eles tiveram de admitir a sua condição de alternativa única. E, enquanto cuidavam de pôr a casa em ordem, tiveram de começar a preparar o país, a pátria amada, para sair da sua humilhante condição de subdesenvolvido. Perceberam que havia outras tarefas, além do combate à subversão e à corrupção –e pensaram no futuro." Fofo? Enquanto Paulo Malhães lançava corpos em rios, M.C. batia bumbo para Médici. A censura não tem culpa: os censores proibiam certos textos, mas nunca obrigaram a escrever algo. Os proprietários da Abril não têm culpa (ou melhor, são culpados apenas pela seleção do diretor de Redação): segundo depoimento (nesse caso, insuspeito) de um antigo editor da revista e admirador do chefe, hoje convertido, como ele, ao lulismo, Carta dispunha de tal autonomia que os Civita só ficavam sabendo do conteúdo da "Veja" depois de completada a impressão. Carta foi quercista quando Orestes Quércia tinha poder (e manejava verbas publicitárias). Hoje, é lulo-dilmista até o fundo da alma. Na democracia, não é grave ter preferências político-partidárias, mesmo se essas (mutáveis) inclinações tendem quase sempre na direção do poder de turno. Mas aquilo era abril de 1970, bolas! As máquinas da tortura operavam a plena carga –algo perfeitamente conhecido, não pelo povo, mas por toda a imprensa. A bajulação condoreira a Médici não deve ser qualificada como um equívoco de avaliação: era outra coisa, que prefiro não nomear. "CartaCapital" de 2 de abril publicou, também, um ensaio histórico sobre as relações entre a imprensa e a ditadura no qual –surpresa!– não há menção aos editoriais da "Veja" assinados por M.C. em 1970. A revista de Carta faz coro com os arautos do "controle social da mídia", eufemismo de censura em tempos de democracia. Cada um a seu modo, os grandes jornais acertaram as contas com o próprio passado, oferecendo desculpas ("O Globo"), reconhecendo erros (Folha) ou produzindo revisões circunstanciadas ("Estadão"). Carta optou por um caminho diferente: a camuflagem. O artigo de Carta na "CartaCapital" é uma catilinária contra os "reacionários nativos" que, "instalados solidamente na casa-grande" e "com a colaboração dos editorialistas dos jornalões", perpetraram o golpe de 1964. De tão santa e barulhenta, a indignação editorializada induzirá algum desavisado leitor estrangeiro a imaginar que o autor denuncia, corajosamente, um golpe militar em 2014. Mas, no fim, é mesmo do presente que trata o grito rouco, o adjetivo sonante e o chavão escandido: por meio dessas técnicas, Mino Carta esconde M.C. Acervos digitais são uma dessas maravilhas paridas pela revolução da informação. A França do pós-guerra não tinha algo assim, para sorte dos colaboracionistas de Vichy. O Brasil de hoje tem. Sorte nossa. Demétrio Magnoli, doutor em geografia humana, é especialista em política internacional. Escreveu, entre outros livros, 'Gota de Sangue - História do Pensamento Racial' (ed. Contexto) e 'O Leviatã Desafiado' (ed. Record). O artigo foi publicado na “Folha de S. Paulo”, no sábado, 5.  

Editorial

A tentativa de ser víbora
A pergunta é a seguinte: por que alguns recalcados insistem em me caluniar? Mino Carta Afirmo com absoluta tranquilidade que procurar deslizes morais na minha carreira de jornalista é como se Moisés pretendesse separar as águas do Mar Vermelho com uma britadeira. Muitos cometi, e se quiserem pecados, como indivíduo, e me perseguem até hoje. Como profissional de imprensa, não. Há, porém, pretensos colegas que não desistem dessa busca, obsessivamente, por razões insondáveis. E nem falemos dos esforços despendidos para apontar em CartaCapital uma publicação que sobrevive por obra da publicidade governista. A preocupação dos porta-vozes da casa-grande em relação a este semanário nos valoriza, está claro, mas falo aqui das aleivosias assacadas contra a minha modesta pessoa. Foram inúmeras. Recordo, entre 1970 e 1974, Amaral Neto, no vídeo da Globo, e Lenildo Tabosa Pessoa, em matéria paga no Estadão, unidos na acusação que me situava como agente, ao mesmo tempo, do Kremlin e da Máfia siciliana. É apenas um exemplo, embora retumbante. Não faz muito tempo, um dos meus acusadores contumazes soletrou que, em 1964, quando eu dirigia a revista Quatro Rodas, organizei uma festa na redação para celebrar o golpe civil e militar. Entre atônito e perplexo, encaro a revelação como sinal de uma forte vocação ficcional, de resto nada incomum nos domínios da mídia nativa. A redação de Quatro Rodas, pequena e valente, contava com repórteres da competência de José Hamilton Ribeiro e Paulo Patarra, e, como diretor de Arte, com George Duque Estrada. Não se tratava de empedernidos reacionários. À tal festa, além do mais, faltaria quórum. O redator-chefe, Vitor Antonio Gouveia, este sim, tinha pendores direitistas, e eu não tive maior dificuldade em sentir que, a depender dele, perpetrado o golpe, assistiríamos a uma caçada às bruxas. Procurei o patrão, Victor Civita, e disse a ele que qualquer gênero de ação punitiva teria de passar sobre o meu cadáver. Mais, que a ação seria a minha, preventiva. Foi Gouveia o primeiro jornalista que despedi, depois dele só foram mais três ao longo de toda a minha vida de diretor de redações. O último dos detratores escreveu faz escassos dias, ao retomar as acusações de outro do mesmo naipe, que ninguém, senão eu, deitou loas tão desbragadas a favor do ditador Garrastazu Médici e da famigerada Oban, que mais tarde se tornaria DOI-Codi, masmorra dos torturadores. Deve ser por causa disso que Veja, o semanário que dirigia naquela quadra plúmbea, mereceu a censura feroz da ditadura, bem ao contrário do jornal onde assina suas bobagens o acusador em questão. Deve ser por causa disso que Ernesto Geisel, por intermédio de Armando Falcão, seu ministro da Justiça (justiça?), exigiu minha cabeça para autorizar um empréstimo de 50 milhões de dólares, pela Caixa Econômica Federal, à Editora Abril. Karlos Rischbieter, então presidente da CEF, contou essa história no seu livro de memórias, publicado há poucos anos, sem omitir a menção ao ódio que o ditador me devotava. Muita honra para um modesto escriba. Antes de repetir o fim de São João Batista, eu me demiti: não queria um único centavo dos donos da Abril, o que se daria se fosse demitido. Houve quem sugerisse que fazia jus a uma justa comissão sobre o empréstimo enfim recebido pela Editora. Com a devida e exaltante ironia. Mandei-me, e se foi também a censura, obviamente. Sobrou um belo enredo para impressionar meus netos. Óbvio, também, que nunca escrevi a favor da Oban. Quanto a Garrastazu Médici, convém relembrar que algumas vezes, em anos de Veja, pareceu conveniente adotar a retórica golpista para ludibriar seus autores e censores. Explico com um exemplo. Quando o terceiro ditador foi empossado, saiu-se com um discurso pretensamente poético, em que se declarava vindo do minuano, o indomável vento dos Pampas. Ghost-writer, o coronel Otavio Costa, que sete anos após, promovido a general, proibiria minha participação em um debate sobre jornalismo organizado por Ruth Escobar no seu teatro paulistano. Geisel mandava e havia quem executasse a ordem suprema. Estávamos em 1976. Três meses antes do debate, Armando Falcão proibira um programa de televisão que na Tupi me escalava como âncora, programa quinzenal razoavelmente anódino, do qual já haviam sido gravados dois capítulos. No dia da estreia, Falcão bicou seu niet. Volto a 1969, quando em Veja decidimos cometer uma ousadia. O plural não é majestático. Havia um colegiado para reunir os dois redatores-chefes, os editores e o chefe de reportagem, e debater abertamente os rumos a serem tomados. Muitos dos participantes estão vivos, felizmente. Uma equipe de oito repórteres, incluído o chefe Raimundo Pereira, desenvolvera um trabalho capilar sobre tortura. Tratava-se do levantamento completo, detalhadíssimo, de três casos de assassínio, e de mais 150, arrolados um a um, juntamente com as informações principais. Trabalho encerrado, pareceu-nos ter chegado a hora de tentar publicá-lo nas barbas “do homem que veio do minuano”. Tratado, porém, de forma que pretendíamos astuta, o terceiro ditador. Baseados no tom moderado do seu pronunciamento de recém-empossado, logo saímos com uma capa de chamada positiva, “O presidente não admite tortura”. Antes que uma informação, era ilação audaciosa. Feliz, no entanto, estranhamente: a mídia desta feita veio atrás da gente, os jornais falaram de tortura dias a fio. Cresceu nosso ânimo. Graças a uma condição apresentada por mim para aceitar a direção da redação de Veja, eu gozava de notável autonomia: os donos da casa não tinham acesso à pauta e saberiam de cada edição depois da publicação, na manhã das segundas. Na noite de sexta-feira daquela semana agitada, recebemos a informação de que estava proibida qualquer referência às torturas. O fechamento então dava-se aos sábados. Já passara das 22 horas, mandei a telefonista cortar de vez as comunicações da Abril para impedir que um chamado repentino obstasse nosso plano. A revista foi às bancas, e lá foi apreendida em todo o País. Não era um fato novo, repetira-se várias vezes desde uma edição de outubro de 1968, a de número 5, que trazia na capa a prisão das centenas de participantes do congresso da UNE em Ibiúna. Acrescento que, como diretor de Veja, tive de prestar cerca de 40 depoimentos aos esbirros da Polícia Federal e dois anos após a publicação da capa sobre tortura passei mais de uma hora à frente de um inquisidor de luxo e mestre em tortura, o delegado Sérgio Paranhos Fleury. Encerrado o capítulo Veja, para levar adiante minha vida de jornalista tive de inventar meus empregos, dos 42 aos atuais 80 anos. Não me queixo, pelo contrário, agradeço aos fados. O último detrator conta com espaço nas páginas de um jornal que no momento faz mea-culpa por ter apoiado o golpe e o regime de exceção por algum tempo para assumir, alega, postura oposta ao meio do período ditatorial. Será por causa desta destemida guinada que em setembro de 1977 Claudio Abramo, finalmente chamado três anos antes a dirigir o jornal para lhe conferir a qualidade até então letra morta, foi afastado da direção? Valia na ocasião agradar ao general Silvio Frota, candidato à sucessão de Geisel, e seu cabo eleitoral, Hugo Abreu. Queriam uma Folha mais submissa. Octavio Frias de Oliveira, com quem sempre mantive ótimas relações e para quem trabalhei como colaborador em duas diversas oportunidades, apostava na ascensão de Frota, o qual foi demitido de ministro do Exército exatos 26 dias após o afastamento de Abramo. Quanto ao filho do fundador, Otavinho, em data recente defendeu a ideia de que foi ditabranda um regime disposto a assassinar e torturar. De minha parte, estou farto de ataques: a partir de agora, processarei os caluniadores. Ao cabo, evoco o mito empolgante de Perseu, aquele que enfrentou a Górgona, com sua cabeleira de serpentes, víboras creio eu. Bastava encarar o monstro para ficar de pedra. Perseu, coberto pelo escudo, voltou-lhe a outra face sabiamente polida na direção da Górgona, e esta, espelhada inexoravelmente, padeceu os efeitos de sua própria maldição. Não pretendo ser Perseu, e os meus detratores não me parecem qualificados para a tarefa de petrificar quem quer que seja. Mas às víboras da Górgona talvez se assemelhem. Sugiro, de todo o modo, que se mirem no espelho de suas próprias medíocres vidas de recalcados. Mino Carta é diretor de redação da "CartaCapital". Texto transcrito da revista “CartaCapital”, de sexta-feira, 4.  
Mino Carta diz que vai processar quem remexer seu passado profissional
Fábio Pannunzio “De minha parte, estou farto de ataques: a partir de agora, processarei os caluniadores”. Com essa frase, Mino Carta, dono da revista Carta Capital, abre o último parágrafo de um texto em que, mais uma vez ,tenta se livrar da responsabilidade por textos que escreveu e orientou em Veja durante o início do seu potentado como diretor de jornalismo. No texto, escrito em resposta a um artigo do Professor Demétrio Magnoli, Carta se gaba de ter mais autonomia sobre a o conteúdo da revista do que seus donos: “Eu gozava de notável autonomia: os donos da casa não tinham acesso à pauta e saberiam de cada edição depois da publicação, na manhã das segundas”. Mas se esquiva de toda a responsabilidade pelo apoio deslavado que a publicação, sob sua excelsa gestão, emprestou não apenas ao golpe, mas também a algumas ações do DOI-CODI e até à famigerada OBAN. Na réplica a Magnoli, Carta, como de costume, põe o ponto inicial da história no período que se seguiu à eleição de Geisel, de 74 em diante, quando de fato Veja inicia um movimento de distanciamento do governo dos generais. Sobre tudo o que se passou no período mais obscuro e cruento da ditadura militar, Mino Carta se cala para não ter que explicar as loas que ele e a Revista Veja teceram ao regime. A reportagem sobre a tortura que ele cita como prova de sua independência — e até mesmo repulsa — dos generais é, na verdade, um exercício explícito de sabujice. Não era a revista denunciando. Era Veja dizendo que Geisel não aceitava a tortura. Não era uma matéria sobre a tortura. Era uma matéria enaltecendo o ditador. Ainda assim, falava sobre a tortura, como de resto falavam jornais como o Estadão, que já haviam revisto sua posição explícita de apoio ao golpe em 1964. Em sua ode a si mesmo, Carta transforma submissão em astúcia e audácia para explicar os afagos explícitos ao penúltimo general-presidente: “Tratado, porém, de forma que pretendíamos astuta, o terceiro ditador. Baseados no tom moderado do seu pronunciamento de recém-empossado, logo saímos com uma capa de chamada positiva, “O presidente não admite tortura”. Antes que uma informação, era ilação audaciosa”". Mino Carta diz que vai processar “caluniadores” que revirarem seus textos. Aquele período da história que transcorreu entre 1964 e 1969 simplesmente não existiu na biografia do homem que se pretende o Gutemberg da ‘mídia nativa’. Escrever sobre o que ele escreveu, como fez Magnoli — e como eu mesmo fiz no começo dessa polêmica — pode transformar um escriba de boa-fé em caluniador. Ofereço a Mino Carta este texto como matéria-prima para sua investida judicial contra os ‘detratores’ de sua biografia. Não creio que ele irá adiante na empreitada porque é ridiculamente fácil provar que Mino escreveu o que escreveu. Embora ele negue, está tudo no arquivo digital de Veja, que é público e está à disposição de todos — até dele próprio, Mino Carta, que bem poderia nos ajudar a encontrar qualquer texto de sua lavra com críticas à ditadura militar brasileira anterior à reportagem sobre a tortura . Mino não as fez porque, como boa parte da imprensa brasileira, mudou ao longo do tempo. Enquanto os chamados ‘jornalões’ já fizeram a sua autocrítica — aliás, tão criticadas pelo ex-editor de Veja — falta a Mino grandeza para fazer o mesmo: pedir desculpas pelo que escreveu quando o Brasil mergulhava no período mais obscuro de sua história recente. Mas não creio que Mino Carta irá fazê-lo. Porque dispõe de um pequeno exército de funcionários par defendê-lo, funcionários que, como ele mesmo diz, “chamam patrão de colega”. Não creio porque ele jamais admitiu que prestou todo tipo de apoio a Orestes Quércia, um dos mais notórios corruptos pós-64. Não creio porque, de resto, Mino Carta continua manipulando fatos, expurgando do noticiário o que não lhe convém ou não interessa a seus patrocinadores (oficiais, quase todos). Quer um exemplo disso ? Fácil! Entre no site de Carta Capital e procure alguma coisa sobre André Vargas, o petista salafrário que se associou ao pior da burocracia e a uma rede de lavadores de dinheiro sujo para roubar o contribuinte. Não há nada, nenhuma menção ao larápio que dominou o noticiário brasileiro esta semana. Por que será ? Para que não digam que sou injusto na crítica, há um único registro, um ‘esforço de apuração’ materializado numa referência à reportagem de capa de Época neste fim-de-semana. Só isso. É assim que se faz o jornalismo com ‘controle social’ da mídia. Agora, que venha o processo!

Os Mais Admirados da Gastronomia em Goiás 2014

A Contato Comunicação divulga a lista de Os Mais Admirados da Gastronomia em Goiás 2014. “Todo o processo de votação aconteceu pela internet, em um sistema único”, diz o site da agência. “Votaram 62 profissionais ligados de alguma maneira à gastronomia, jornalistas, profissionais liberais, empresários e publicitários convidados pela Contato Comunicação/José Guilherme Schwam. Todos receberam endereço de um hotsite e para votar precisavam indicar pelo menos 15 categorias e indicar, nome, CPF e profissão. Foram classificados no máximo 4 nomes por categoria. Não foram classificados nomes com menos de 6,5% dos votos. A votação aconteceu de 17 de março a 1º de abril de 2014.” RESULTADOS Boteco 1º) Posto 15 - 16.67% 2º) Mercatto - 10.42% 3º) Carne de Sol 1008 - 8.33% 3º) Glória - 8.33% Alguns outros lembrados: Bahreim, Bar do Dodô, Bar do Preto, Bar Marronzinho, Belisquê, Boteco Antigo de Campinas, Breguella’s, Carne de Sol do Serginho, Cerrado, Chaguinha, Conversa de Boteco, Don Guina, Gamboa, Kaliphas, Lá Eskina, Mangueiras, Officina, Paim, Rio Branco Chopp, Saccaria, Vai Tomá no Kuka Bar Cardápio de Sobremesa 1º) Contemporane - 9.68% Alguns outros lembrados: Ateliê do Grão, Bandeira Caféteria, Beijo Frio, Bistrogonoffe, Café de La Musique, Cantina San Marco, Chão Nativo, Crema e Cioccolato, Flamingo, Kabanas, la Eskina, Madero, Mama Dona, Montana Grill, Mr Crepe, Outback, Poema Gourmet, Restaurante Ipê, Richesse, Santa Brasa Cardápio 1º) Café de La Musique - 11.76% Alguns outros lembrados: Boteco Posto 15, Buteko do João, Carne de Sol 1008, Cantina San Marco, Celsin Bar, Companhia do Grelhado, Contemporane, Copacabana, Dali Bar e Taberna, Flamingo, Kabanas, La Eskina, Mercatrto, Piquiras, Saccaria, Sim, Tribo do Açaí, Vai Tomá no Kuka Bar, Zen Carta de vinhos 1º) Piquiras - 16.67% 2º) Kabanas - 12.5% Alguns outros lembrados: Adoro, Armazém do Churrasqueiro, Assoluto, Bartolomeu, Bristrô du Park, Cantina San Marco, Porto Cave, Unique, Zen Bar Chef Mais Admirado 1º) Ângelo Carlos - 33.33% 2º) Emiliana Azambuja - 16.67% 3º) André Barros - 6.67% Alguns outros lembrados: Aline Torres, Stella Romanholli, Tonny, Francesco Bruno, Geraldo Souza, Humberto Marra, Márcia Pinchemel, Matheus Wilian Churrascaria 1º) Montana - 36.84% 2º) Gramado - 26.32% 3º) Walmor - 13.16% Alguns outros lembrados: Armazém do Churrasqueiro, Cateretê, Lancaster, Master Grill Churrascaria Rodízio 1º) Gramado - 43.9% 2º) Lancaster - 19.51% 3º) Montana - 14.63% 3º) Walmor - 14.63% Alguns outros lembrados: Candeeiro, Los Pampas Comida com música ao vivo 1º) Gamboa – 14,71% 1º) Glória – 14.71% Alguns outros lembrados: Alabama, Além da Lenda, Belisquê, Bolshoi, Café Nice, Cerrado, Esquina Jatobá, Kaliphas, Matuto, Posto 15, Polos Cozinha, Prataí, Thiosti Comida de shopping (fast-food) 1º) Madero - 18.6% 2º) Burger King - 16.28% 3º) McDonalds - 11.63% Alguns outros lembrados: Bapi, Bob´s, Fon Pin, Giraffas, Komiketo, Max Sushi, QG Pastéis, Salad Creations, Subway, Toshca Comida por quilo 1º) Grego - 26.83% 2º) Mau Nenhum - 12.2% Alguns outros lembrados: Antônia Bistrô, Café Nice, Carne de Sol Caicó, Catarina, China, Chão Nativo, Colombo, Divino Fogão, Dona Fiinha, Fogão Caipira, Jerivá, Jotas, Junior Rstaurante, La Biritas, Master Grill, Sabor Di Casa, Samauma, Victória Cozinha Árabe 1º) Restaurante Árabe - 44.44% 2º) Toshca - 36.11% 3º) Casa da Esfirra - 8.33% Alguns outros lembrados: Saleh, Salim Mustafa Cozinha Italiana 1º) La Pasta Gialla - 30.43% 2º) Adoro - 17.39% 2º) Assoluto - 17.39% 3º) Cantina San Marco - 13.04% Alguns outros lembrados: Abruzzo, Bologna, Paradiso, Piazza Navona, Pizzarella Cozinha Oriental 1º) Kanpai - 21.05% 2º) Tao - 13.16% Alguns outros lembrados: Haboro, Hakone, Himitsu, Osake, Restaurante China, Sapporo, Shitake, Sushi Loko Cozinha Portuguesa 1º) Porto Cave - 55.56% 2º) Obelisque - 44.44% Cozinha Revelação 1º) La Eskina - 13.64% 2º) Belisquê - 9.09% 2º) Bistrô du Parc - 9.09% 2º) Dom Ralf - 9.09% Alguns outros lembrados: Antônia Bistrô, Armazém do Churrasqueiro, Catarina Restaurante, Dark Side, Figueira Restaurante e Chopperia, Matuto, Natividade Bar e Restaurante, Pitanga, Prataí, Victoria Gourmet Doceria 1º) Richesse - 50% 2º) Brigaderia das Meninas - 18.75% 3º) Poema Gourmet - 12.5% Alguns outros lembrados: Brown Browneria, Cravo e Canela, Delicatessen (Castro’s), Doce Paladar, El Hajji Empório 1º) Piquiras - 66.67% 2º) Saccaria - 15% 3º) Empório Della - 6.67% Alguns outros lembrados: Casarão, Empório Piquiras, Empório Sírio Libanês, Toshca Garçom 1º) Carlos Beltran (La Eskina) – 9,52% 1º) João Batista (Mercatto) – 9.52% Alguns outros lembrados: Carlos (Celsin), Clesio (La Eskina), Edvaldo (Samauma), Gaúcho (Restaurante Árabe), Gesley (Restaurante Árabe), Jeová (Bar Glória), Luiz (Saccaria), Pará (Country Clube de Goiás), Shirlei (Mercatto), Welington (Vai Tomá no Kuka Bar), Zeca (Conversa de Boteco) Sorveteria 1º) Crema e Cioccolato - 41.18% 2º) Amaretto - 20.59% 3º) Beijo Frio - 14.71% Alguns outros lembrados: Don Gelato, Richesse Happy Hour 1º) Outback - 29.27% 2º) Glória - 9.76% 2º) Posto 15 - 9.76% Alguns outros lembrados: Belisquê, Botequim Mercatto, Carne de Sol 1008, Catarina Restaurante, Celsin Bar, Cerrado, Chopp Time, Conversa de Buteco, Dark Side Rock Bar, Detroit, Empório Piquiras, Kabanas, Lá Eskina, Matuto, Quiosque Brahma, Tainakan, Thiosti Padaria 1º) Della - 40.91% 2º) Maná - 18.18% 3º) Moreira - 11.36% Alguns outros lembrados: Biscoito Pereira, Empório 87, Empório Piquiras, Europa Pães, Moreira Crimeia Leste, Mundial, Polos Panificadora, Pão e Cia, Shopping do Pão, Stravaganza, Super Pão Pamonharia 1º) Frutos da Terra – 45.16% 2º) Pamonharia Oeste - 19.35% 3º) Pamonha Pura - 12.9% Alguns outros lembrados: Da Vovó, Espiga de Milho, Pamonharia do Cerrado, Pamonharia Goiás Pastel 1º) QG Pastéis - 36.11% 2º) Vai Tomá no Kuka Bar - 19.44% 3º) Jacareí - 8.33% 3º) Pastelaria Vitória - 8.33% Alguns outros lembrados: Botequim Mercatto, Empadinha da Nenen, Empório do Pastel, Mais Pastéis, Megah, Pastelaria Amigão, Pastelaria Formosa, Pastel Central Pizzaria 1º) Casa São Paulo - 12.77% 1º) Pittigliano - 12.77% 2º) Fábrica de Pizza - 8.51% Alguns outros lembrados: 4 Stagioni , A Moda da Casa, Amar a pizza, Candeeiro, China, Gelatti, La Toscana, lá rommana, Metropizzaria, Nossa Casa, P de Pizza, Pirineus, Pizza-Lá, Pizza 10, Pizza a Beça, Pizza Hut, Pizza na Pedra, Pizzarela, Pizzaria 110, Pomodoro, Scarolla Restaurante com Espaço para Criança 1º) Cateretê - 29.17% 2º) Contemporane - 12.5% 2º) Pittigliano - 12.5% 3º) Fábrica di Pizza - 8.33% Alguns outros lembrados: Bar do Peixe, Bendita Tapioca, Galletos, Los Pampas, Mangueiras, Mourão, Panelinha e Grill, Peixinho, Pitanga Restaurante de hotel 1º) Castro´s Park - Ipê – 62,5% 2º) Mercure - 25% Alguns outros lembrados: K Hotel, La residence Restaurante com Panelinhas 1º) Panelinha Grill - 32% 2º) Carne de Sol 1008 - 20% 3º) Mercatto - 8% Alguns outros lembrados: Bendita Tapioca, Cantinho Frio, Carne de Sol Caicó, Celsin Bar, Chão Nativo Bueno, Esquina da Cerveja, Estação dos Caldos, Mourão, Paim, Thiosti Restaurante de Pratos com Carne 1º) Carne de Sol 1008 - 27.78% 2º) Cateretê - 19.44% 3º) Piquiras - 8.33% Alguns outros lembrados: Armazém do Churrasqueiro, Bar do Peixe, Catarina Restaurante, Companhia do Grelhado, La Eskina, Madero, Master Grill, Outback, Paim, Saccaria, Unique Restaurante de Pratos com Frutos do Mar 1º) Coco Bambu - 45.83% 2º) Companhia do Peixe - 20.83% Alguns outros lembrados: Bar do Peixe, Botequim Mercatto, Contemporane, Kabanas, La Eskina, Master Grill, Mercatto, Sapporo Restaurante de Risoto 1º) Adoro - 40% 2º) Assoluto - 13.33% 2º) Contemporane - 13.33% Alguns outros lembrados: Cantina San Marco, La Eskina, L´Etoile D´Argent, Marronzinho, Unique Salada 1º) Bapi - 37.5% 1º) Tribo do Açaí – 37.5% Alguns outros lembrados: Catarina Restaurante, Empório Piquiras, Empório da Salada, Panela Mágica, Pimentas, Pitanga, Salada e Cia, Sapporo Sanduicheria 1º) Komiketo - 25.53% 2º) Tio Bákinas - 12.77% 3º) Buldogs - 10.64% Alguns outros lembrados: Abelha.com, Calangos, Corinas Burguer, Fred Burger, Kid Abelha, Madero, Mega Burger, Mr. Sacada, Papaléguas, Pit Teteus, Pluto, Retrô Food, Salim Mustafá, Sanduicheria do Chicão, Subway.   LISTA DOS VOTANTES Agnato Fernandes Ribeiro – Sócio Proprietário Vieira e Ribeiro Advogados Associados Alessandra Câmara de Melo – Jornalista - Diretora - Palavra Comunicação Aline Alves Neiva - Gerente de Marketing - Ckz Jeans Wear Amanda Lacerda Fernandes - Advogada - Consultoria e Assessoria Ana Clara Elias Lemes - Wings Team - Red Bull Anapaula de Castro Meirelles – Colunista aredacao.com.br - Diretora - Attitude Comunicação Social Angelo Carlos de Souza - Chef de Cozinha - Restaurante La Eskina Bruna França Ramos - Analista de redes Sociais - Ousada Bruno Gregório Fernandes - Web Designer - Ilion Caroline Espíndola de alencar - Atendimento - Full Propaganda Daniela Branquinho Rodrigues da Silva – Jornalista - Redatora - Folha de Campinas E. Stellla dos Anjos - Proprietária - Boleria Artesanal Edleydson de Sousa Medrado - Gerente de Atendimento Comercial - Indígena Propaganda Elder Pereira Dias - Redator-chefe - Jornal Opção Erli Afonso Vilela Neto - Analista de Marketing - Hiper Moreira Fabiana (Bia) Marini Tahan – Jornalista - Diretora - Palavra Comunicação Fabrício de A Nobre - Sócio - A Construtora Fausi Humberto - Editor chefe - Revista Estreia Flávia Damascena Ribeiro - Gerente Geral - Goiás Fort José Antonio de Gusmão Viana - Proprietário - Ouro Forte Corretora de Seguros José Guilherme Schwam – Jornalista – Programa Pelos Bares da Vida - Diretor - Destaque Prom. e Eventos Turisticos Juliana Alves Soares dos Reis e Silva – Jornalista - Ass. de Comunicação da Presidência SindMetal-GO Kátia Pereira da Silva - Professora - Aliança Francesa Laira Cristina Melo Machado – Auxiliar de Marketing - Ceeng Engenharia Laura Gonzaga Cunha Nogueira - Assembleia legislativa Leandro Rodrigues Calaça - Diretor Jurídico - Gomes de Oliveira Advocacia Leonardo Coe e Razuk – Jornalista - Chefe de Comunicação - Casa Civil da Governadoria de Goiás Lethícia Ávila da Silva Carvalho - Jornalista - Assembleia Legislativa Lorenzo Machado Junqueira - Administrador - Blue Body Suplementos Fitness Luana Cândida Pereira - Assessora de Marketing - Emporium Bilu Teteia Luciana Souza de Oliveira - Produtora de Eventos - Luciana Oliveira Fotos e festas Luciano Reges Teixeira - Gerente - Vai Tomá no Kuka Bar Márcio Fernando Cardoso Zago - Professor - Faculdade Cambury Mariana Fenelon - Diretora - Brasas English Course Maríllia Rodrigues Silva - Gerente de Marketing - Verde Shop Marlos Luz - Gerente - L´Etoile D´Argent Restaurante Nadima Chalup Ribas - designer - Nadima Chalup Olavo Cassiano da Silva Neto - Auxiliar de Comunicação - Seconci Goiás Rafaella Bernardes - Planner - Páprica Comunicação Raphael Arantes - Cozinheiro - Winika Raphael Elyades França - Autônomo - Chef de Cozinha Richard Oliveira Silva - Marketing - BRMalls Roberto Campos da Camargo Júnior - Diretor Comercial - Triunfo Representação e Comércio Sadi Ericeira Neto - Gerente de Marketing – Makro Service Sheyla Christina Ferreira dos Santos - Diretora - Credicerto Sílvia Maria Mendes - Assessora - Câmara Municipal de Inhumas Sílvio Gonçalves Júnior - Diretor de Arte e Criação - Patrícia Bonaldi Thaís de Souza Tarelho - Webredatora - Consórcio RMTC Wadih Elkadi - Produtor - F64 Filmes Weliton Silva dos Santos - Diretor - Dbcheckout Tecnologia William Erick Berté - Gerente de Operação- Focos Organização e Produções de Eventos

O Alamo do cinema esclarece menos do que o da história mas empolga. John Wayne quase vira John Ford

A guerra do Alamo, sustenta Bruhl, não foi um ato heroico, a “ser imitado” — e sim uma “verdadeira loucura militar”

Portugal ganha segunda tradução de Ulysses, de James Joyce. Editor avalia versão como superior às brasileiras

Portugal lança sua segunda tradução do romance “Ulisses” (Relógio d’Água, 752 páginas), de James Joyce. A tradução é de Jorge Vaz de Carvalho.

Companhia das Letras/Penguin lança nova tradução do romance Caninos Brancos, de Jack London

impr6Da capa do livro: Jack London — “Caninos Brancos” (Companhia das Letras-Penguin, 296 páginas), de Jack London, ganha tradução, de Sonia Moreira, e edição caprichadas. O romance não tem a pegada de livros como “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust, e de “Ulysses”, de Joyce, mas, como “Huckleberry Finn”, de Mark. Sinopse divulgada pela Editora Companhia das Letras & Penguin: “Caninos Brancos é um lobo nascido no território de Yukon, no norte congelado do Canadá, durante a corrida do ouro que atraiu milhares de garimpeiros para a região. Capturado antes de completar um ano de idade, é usado como puxador de trenó e obrigado a lutar pela sobrevivência em uma matilha hostil. Mais tarde repassado a um dono inescrupuloso, é transformado em cão de rinha e, mesmo depois de resgatado desse universo de violência, ainda precisa de um último ato de heroísmo para conseguir sua redenção e finalmente encontrar seu lugar no mundo. “Percorrendo o caminho inverso ao do traçado em ‘O Chamado Selvagem’ (1903), em que um cão domesticado é obrigado a se adaptar à vida na natureza, em ‘Caninos Brancos’ (1906) Jack London narra a história de um animal que precisa suprimir seus instintos para sobreviver na civilização. Grande sucesso de público desde o lançamento, já foi traduzido para mais de oitenta idiomas e adaptado diversas vezes para o cinema, quadrinhos e TV.”

Livro mostra como, em poucos dias, foram tomadas decisões que mudaram os rumos da Segunda Guerra Mundial

Layout 1A Segunda Guerra Mundial é o assunto do momento, e não apenas no Brasil, é claro. Agora, pela Editora Objetiva, sai “22 Dias: As Decisões Que Mudaram o Rumo da Segunda Guerra Mundial” (400 páginas, tradução de Maria Beatriz de Medina), de David Downing. É um relato detalhado e circunstanciado de como, em poucos dias, Hitler perdeu a batalha para os Aliados. Leia trecho da sinopse fornecida pela Editora Objetiva "O destino de Hitler estava selado. O destino de Mussolini estava selado. Quanto aos japoneses, seriam transformados em pó. Todo o resto foi meramente a aplicação apropriada de força avassaladora." — Winston Churchill "A frota japonesa levou 22 dias para navegar do Japão a Pearl Harbor; os mesmos 22 dias que testemunharam o ataque alemão a Moscou e as batalhas no norte da África. Os alemães não conseguiram capturar a capital soviética e os japoneses conseguiram provocar a entrada dos americanos na guerra. Esses 22 dias selaram o destino da Segunda Guerra Mundial. Em 22 dias: as decisões que mudaram o rumo da Segunda Guerra Mundial, David Downing dedica um capítulo a cada dia desse período decisivo — narra os preparativos, as manobras diplomáticas e as batalhas. O cenário varia de aldeias cheias de neve na Rússia até o norte do Pacífico, do deserto africano às principais capitais europeias, de Tóquio a Washington. Mesclando relatos de soldados comuns, marinheiros e aviadores com figuras políticas e militares importantes, 22 dias constrói uma narrativa fascinante das decisões que definiram o rumo de uma guerra. O fim gradual do avanço alemão na Rússia congelada pelo inverno, a escassez de recursos dos soldados de Hitler no norte da África, a expedição da frota japonesa e a institucionalização do Holocausto são narrados como uma contagem regressiva de tirar o fôlego."

Livro de Jaime Sautchuk resgata histórias do cientista belga Luiz Cruls, autor do célebre Relatório Cruls

Layout 1O engenheiro e geógrafo belga Luiz Cruls (1848-1905) é autor de um texto famoso, o “Relatório Cruls”, uma investigação científica sobre o Planalto Central e considerado como “o primeiro relatório de impacto ambiental do Brasil”. O relatório divulga a pesquisa da Comissão Exploradora do Planalto Central, cujo objetivo era demarcar o lugar no qual seria construída a futura capital brasileira. O jornalista Jaime Sautchuk (trabalhou na “Folha de S. Paulo” e na “Veja”) lança um livro pequeno mais importante, “Cruls — Histórias e Andanças do Cientista Que Inspirou JK a Fazer Brasília” (Geração, 160 páginas). O documento original, o “Relatório Cruls”, saiu pela editora do Senado, com 343 páginas, em edição fac-similar. Mas não está nas livrarias. A primeira edição foi publicada no Rio de Janeiro, em 1893. A obra inclui o mapa do Brasil que indica a área que o governo demarcou para construir o Distrito Federal.

Folha de S. Paulo renega apoio ao golpe civil-militar e à ditadura num mea culpa quase cínico

Quem leu o editorial “1964” (domingo, 30), no qual a “Folha de S. Paulo faz um mea culpa acanhado sobre seu apoio ao golpe, certamente deve ter se perguntado: os nazistas que apoiaram o regime implantado na Alemanha por Adolf Hitler, entre 1933 e 1945, merecem o mesmo perdão daqueles que apoiaram os atos mais inclementes da ditadura civil-militar (1964-1985)? A comparação entre o nazismo alemão e o regime brasileiro talvez não possa ser feita, porque são muito diferentes, em termos de proporções históricas. Mas, quando um jornal argumenta de maneira estranha, fica-se com a impressão de que os nazistas que sobreviveram a Hitler não podem ser criticados. “É fácil, até pusilânime, condenar agora os responsáveis pelas opções daqueles tempos, exercidas em condições tão mais adversas e angustiosas que as atuais. Agiram como lhes pareceu melhor ou inevitável naquelas circunstâncias”, afirma a “Folha”. Há uma sinceridade candente na argumentação, mas soa quase infantil, considerando que centenas de políticos, estudantes, religiosos, empresários e, até, militares resistiram e não aderiram à ditadura. Sofreram na pele, mas não apoiaram. Antes do texto citado acima, a “Folha” anota: “Às vezes se cobra, desta ‘Folha’, ter apoiado a ditadura durante a primeira metade de sua vigência, tornando-se um dos veículos mais críticos na metade seguinte. Não há dúvida de que, aos olhos de hoje, aquele apoio foi um erro”. Observe-se que a “Folha” e seus críticos, que pululam na internet, deixaram de perceber uma questão. A “Folha” apoiou o regime civil-militar quando a ditadura era mais virulenta e cruenta, entre os governos dos presidentes Castello Branco, Arthur da Costa e Emílio Garrastazu Médici, e passou a criticá-lo quando o país passava por uma fase de distensão e abertura, nos governos de Ernesto Geisel e João Figueiredo. Noutras palavras, quando praticamente não havia mais riscos, a “Folha” se tornou (mais) crítica. Em seguida, a “Folha” resgata-se, finalmente, de seu passado pró-ditadura: “Este jornal deveria ter rechaçado toda violência, de ambos os lados, mantendo-se um defensor intransigente da democracia e das liberdades individuais”. Trata-se de um poderoso ajuste histórico, contemplando os dias atuais, assim como fez “O Globo” recentemente. Oxalá, modificadas as circunstâncias, os dois jornais não mudem de ideia. Ao renegar o apoio que deram à ditadura, os jornais não assumem que tinham identidade com os civis e militares golpistas. Deixam a impressão de que foram “forçados”. Não é um argumento convincente. Mas pelo menos é um argumento.

O editorial de Katteca sobre o capitalismo. Britvs é o grande “editorialista” de O Popular

Os melhores “editoriais” do “Pop” são escritos pelo Britvs, criador do personagem Kat­teca. Tal como Flaubert, a respeito de Madame Bovary, Britvs poderia dizer: “O Kat­teca sou eu”. Katteca é o Britvs e o indivíduo comum, é uma espécie de Leopold Bloom dos quadrinhos. Na terça-feira, 1º, publicou uma história impagável, sem pretensão e discurso sociológicos, mas indicando que percebe bem como funciona a sociedade, a economia. O capitalismo é o modo de produção que mais “doa” ao indivíduo. Mas aquilo que repassa com uma mão toma com a outra, numa espécie de eterno retorno. Katteca diz, satisfeito, “recebi o meu salário”. Em seguida, no segundo quadrinho, um banqueiro aparece, arranca algumas notas das mãos do indiozinho e grita: “Esta parte é minha!” Depois, o trabalhador se vê acossado pelas contas de água, energia, seguro e telefone. Mas ainda tem ânimo para dizer: “Aaah, mas eu sou esperto! Esta parte aqui é minha!” Aí aparece um religioso e informa: “Esta é de Jesus!” Katteca fica a zero.

O Popular comete erro crasso ao dizer que mulher de Jango era filha de Getúlio Vargas

O “Pop” informa: “1961 — Jânio Quadros é eleito presidente com 5,6 milhões de votos (48%), seu vice é João Goulart, da oposição e genro de Getúlio Vargas. Na época o voto era separado” (domingo, 30). O que há de errado? Maria Thereza Gou­lart, a mulher do presidente João Goulart, não era filha de Getúlio Vargas. Jango era amigo e aliado do presidente Getúlio Vargas, mas não era seu genro. O “Pop” estaria pesquisando de modo aleatório no Google? É provável. O Go­ogle é uma maravilha para quem sabe pesquisar. Para quem não tem nenhuma informação preliminar, como parece ter sido o caso do repórter do “Pop”, é um risco. O Google contém pesquisas sérias, fundamentadas, mas também opiniões disparatadas e, mesmo assim, publicadas como se fossem informações precisas.