Notícias
O escritor francês Patrick Modiano ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2014. Acessei o Estante Virtual e seus livros estavam sendo vendidos a 4 reais (comprei vários por 150 reais). Mais tarde, voltei ao site e os preços haviam sido alterados. A maioria já valia mais de 50 reais. É a tal lei da oferta e da procura do capitalismo.
O chefão da Amazon, Jeff Bezos, comprou o “Washington Post”, o jornal que provocou a queda do presidente Richard Nixon, por 250 milhões de dólares. Os jornais americanos são regionais. O “Post” e o “New York Times” circulam em todo o país, mas em muitos Estados são menos relevantes do que os jornais locais. É a regra em países gigantes, como Estados Unidos e Brasil. Porém, provando que não está brincando, Bezos assegura que vai aumentar a presença nacional do “Post”, a casa editorial do mítico repórter Bob Woodward, de 71 anos. Bezos disse à “Business Week” (cito a partir do Portal Imprensa) que pretende produzir o “Post” no formato “digital com ajuda da Amazon. A ideia é criar um aplicativo gratuito que poderá ser lançado ainda neste ano no novo tablet da varejista, o Fire HDX 8.9”. Segundo o Portal Imprensa, “o novo serviço deve oferecer uma curadoria de notícias e imagens do jornal em um formato de revista específico para tablets. A publicação informa também que os planos de Bezos incluem lançamento de aplicativos para iPad e tablets Android, que funcionariam por um sistema de assinatura mensal. A ferramenta é desenvolvida por um grupo do jornal que integra o projeto intitulado ‘Rainbow’, comandado pelo ex-editor chefe do site Salon Kerry Lauerman”. O “Pop”, que faz mudanças cosméticas e desconectadas das mudanças globais, deveria mirar-se, guardadas as proporções, no exemplo do “Post”.

[caption id="attachment_5511" align="alignright" width="620"] Marcelo Miranda deverá enfrentar alguns desafios à frente do governo[/caption]
O governador eleito Marcelo Miranda (PMDB) está consciente de que vai assumir um Estado com problemas de ordem financeira e administrativa de larga proporção. Além disso, o peemedebista terá que demonstrar habilidade política para conseguir realizar o choque de gestão que pretende. Isso porque o bloco que fará oposição ao seu governo conseguiu eleger o maior número de deputados estaduais.
Miranda, no entanto, não vê dificuldades para emplacar o seu intento, porque entende que a Assembleia Legislativa vai entender que ele precisa elencar uma série de ações e projetos em benefício da “saúde econômico-financeira e administrativa do Estado e dar esperanças de uma melhor qualidade de vida aos tocantinenses”.
O governador eleito diz que respeita a bancada oposicionista e acha até salutar para a democracia que haja oposição responsável. Disse que vai buscar o entendimento com as lideranças das bancadas no Legislativo para ter governabilidade. “A campanha eleitoral acabou, agora é trabalhar, sem ranço ou rancor partidário, pois o Tocantins precisa de um projeto moderno de desenvolvimento e, por isso, espero que os deputados entendam que a nossa intenção é realizar um governo municipalista e fazer as reformas que precisam ser feitas”, argumenta Miranda.
Embora o próximo governador vá iniciar sua administração em desvantagem numérica na Assembleia (15 a 9), seus aliados acreditam que alguns parlamentares de oposição não vão oferecer resistência aos projetos do novo governo. Descartam qualquer gestão no sentido de cooptar parlamentares para a base governista, por entenderem que essa é uma prática arcaica.
No entanto, é sabido que o deputado eleito Eduardo Siqueira (PTB) será, sem dúvida, o líder da oposição ao governo na Assembleia e será um calo no sapato de Miranda. E pode tentar presidir o Legislativo. Nesse contexto, na composição da Mesa Diretora, uma forte queda de braço está sendo esperada. Se a oposição tem um líder preparado e com experiência em articulação política, a bancada governista dispõe de um expoente de qualidades semelhantes, só que com outro viés, que é o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PT). Cauteloso, Mourão terá um papel fundamental nesse embate e é a liderança que vai defender o governo de Marcelo Miranda com propriedade.
Dos 24 deputados da próxima legislatura, apenas nove são da base de Miranda: Paulo Mourão (PT), Nilton Franco (PMDB), Elenil da Penha (PMDB), Rocha Miranda (PMDB), Valdemar Junior (PSD), Toinho Andrade (PSD), Amália Santana (PT), José Roberto Forzani (PT) e José Bonifácio (PR), este último eleito pela coligação governista, mas se desentendeu com Eduardo Siqueira no decorrer da campanha eleitoral.
Procurando fazer uma oposição responsável
Dois deputados reeleitos pela coligação do governador Sandoval Cardoso (SD) – Wanderlei Barbosa (SD) e Ricardo Ayres (PSB) – já adiantaram que não farão oposição ferrenha ao próximo governador . Ambos falam em oposição responsável. “Vamos conduzir de maneira transparente as discussões na Casa, procurando conciliar os interesses divergentes, para que nossa população possa receber do Executivo, sob a fiscalização do Legislativo, o atendimento das demandas mais urgentes”, argumentou Ayres. O parlamentar peessedebista diz que o seu partido estará vigilante, fiscalizando e apoiando as ações de interesses do povo e denunciar o que, porventura, entender que esteja errado. Para Wanderlei Barbosa, nada justifica, na política moderna, uma oposição ferrenha. Por isso, garante que vai exercer mais um mandato buscando o entendimento e apoiando o próximo governador naquilo que achar que for de interesse dos tocantinenses. “Esperamos, por exemplo, que o próximo gestor valorize os servidores públicos. Não farei oposição só para dificultar a administração estadual”, adianta o parlamentar, que travou uma briga particular em Taquaruçu, na disputa pelo voto com o vereador Major Negreiros, da mesma coligação, e que não conseguiu se eleger.A repórter-fotográfica Cristina Cabral deixou o “Pop” na terça-feira, 7. Ela trabalhou quase 27 anos no jornal. “Sentirei muita falta, mas estava na hora de mudar”, escreveu a profissional no seu Facebook. Ela acredita que “sempre” se “tem um novo caminho”. Na semana anterior, a competente Carla Borges, depois de quase 19 anos de “Pop”, pediu demissão. Mais dois repórteres do jornal estão prestes a pedir demissão. Sem que os editores reajam, está se processando um desmanche da redação. Todos sugerem que a empresa paga mal e não investe na qualificação dos repórteres. Outros dizem que a editora-chefe Cileide Alves elegeu os “campeões” — como Fabiana Pulcineli e Márcio Leijoto — e só eles têm um salário um pouco melhor.

Este ano, o governo possivelmente não pagará o 13° salário, porque não tem limite financeiro para fazer esses pagamentos
O “Pop” publicou uma reportagem para dizer que apenas dois políticos foram eleitos para deputado federal com os próprios votos — o delegado Waldir Soares, do PSDB, e o deputado estadual Daniel Vilela, do PMDB. O que o jornal não diz é que isto ocorre em qualquer lugar do país — e não é nenhuma novidade. O principal objetivo do quociente eleitoral é fortalecer os partidos políticos.
Na quinta-feira, 9, o “Pop” publicou extensa entrevista do vereador Tayrone di Martino, esquecendo-se que uma entrevista idêntica havia sido publicado pelo Jornal Opção Online há mais de uma semana. O jornal da família Câmara adora ser o primeiro a chegar atrasado.
O jornalismo não aprecia o uso de adjetivos e advérbios. Os manuais de redação são “ricos” em orientações para evitá-los. Porém, todos sabemos que a vida seria insossa, sem vida, sem adjetivos e advérbios. Um livro não poderia ser “belo” e “delicioso”, tampouco “muito bom”. Escoimar adjetivos e adjetivos dos textos, para conferir suposta precisão às informações, é como arrancar a carne de um frango e deixar apenas os ossos. Fica tudo muito seco — indolor, incolor e um bolor. Claro que o uso abusivo de adjetivos e advérbios cria exageros, mas a falta deixa artigos e reportagens mais frios e, mesmo, mais tristes.
A assessoria de imprensa da TV Globo nega, mas o sempre bem informado Portal Imprensa sugere que a jornalista Maria Júlia Coutinho, de 36 anos, “poderá ser a primeira apresentadora negra a ocupar a bancada do ‘Jornal Nacional’”. A mudança estaria programada para o próximo ano.
Na TV Cultura, ao lado de Heródoto Barbeiro, Maria Júlia Coutinho apresentou telejornais. Portanto, tem experiência com a apresentação de notícias. A jornalista é tão bonita quanto Patrícia Poeta. Talvez (até) mais.
Heraldo Pereira é, até agora, “o único jornalista negro” a apresentar o “Jornal Nacional”. Mas não é o titular. Ele apresenta o “Jornal Nacional” aos sábados e cobre férias dos titulares, como William Bonner. É competente, mas falta-se a segurança de Bonner. Este, mesmo quando está lendo no teleprompter, parece que está comentando a notícia, tal o domínio que tem do meio tevê.
O Portal Imprensa conta que, quando Fátima Bernardes deixou o “Jornal Nacional”, para se dedicar ao mais lucrativo e menos cansativo ramo do entretimento, a Globo cogitou colocar em seu lugar a jornalista Glória Maria. Não é praxe, porém, a Globo colocar jornalistas mais velhos na apresentação de notícias.

[caption id="attachment_17636" align="alignleft" width="246"] Marcelo Lelis, que ficou de fora da eleição estadual, diz que seu partido ajudou[/caption]
O deputado Marcelo Lelis, presidente regional do PV, apesar de ter a sua candidatura de vice-governador indeferida, avalia que o seu partido teve participação decisiva na eleição de Marcelo Miranda (PMDB). “O PV mostrou sua força dando uma grande contribuição para a vitória da chapa majoritária que elegeu Marcelo Miranda e reconduziu a senadora Kátia Abreu ao Senado Federal”. Lelis lembra que o PV sempre teve uma votação muito expressiva em Palmas, mas que dessa vez, com a vinda do deputado Freire Jr. e a participação do vereador Joaquim Maia, na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, a força do partido aumentou em todos os municípios do Estado.
O deputado Marcelo Lelis (PV) nutre esperanças de reverter, no STF, a situação que culminou com o indeferimento de sua candidatura de vice-governador no calor da campanha eleitoral. Com a decisão, Lelis estaria inelegível e, com isso, impedido de disputar a prefeitura de Palmas, em 2016. O parlamentar quer provar que não houve erro na sua prestação de contas na campanha eleitoral de 2012, quando concorreu ao cargo de prefeito da capital. E quem sonha em assumir o Senado é o ex-deputado Eudoro Pedrosa (PMDB). O STF deve definir até o final deste ano o processo que impediu Marcelo Miranda de tomar posse como senador. Ganhou, mas não levou. Em seu lugar assumiu Vicentinho Alves, segundo colocado no pleito de 2010. Com a definição em favor de Miranda, Pedrosa deve assumir a vaga, pois é primeiro suplente do peemedebista, uma vez que Miranda vai assumir o governo estadual.
Eleita com a maior votação — quase 76 mil votos —, Dulce Miranda (PMDB) garante que vai dar conta de conciliar a vida de deputada federal com as tarefas de primeira-dama do Estado. Ela adianta que vai voltar com os programas sociais que marcaram as administrações anteriores de Marcelo Miranda. Aliás, Dulce destaca que foram os programas sociais que a habilitaram a disputar o mandato, “Vamos retornar com o Programa Mais Perto de Você”, sustenta ela. Dulce Miranda afirma que no Tocantins existem mais de 90 mil famílias sem teto. Por isso, quer fazer da habitação uma de suas prioridades enquanto parlamentar e primeira-dama. Reconhece que o governo enfrentará algumas dificuldades, mas que vai superá-las, “porque está determinado”.
Os vereadores da Câmara Municipal de Palmas, Valdemar Junior (PSD) e Cleiton Cardoso (PSL), foram eleitos deputados estaduais. Com isso, seus respectivos suplentes, Hiram Gomes (PSDB) e Adão Índio (PSL), ocuparão, em definitivo, as vagas deixadas na Câmara Municipal pelos dois vereadores eleitos.
“Vou fazer uma oposição com responsabilidade tendo em vista os interesses do Estado. “Espero que ele (Marcelo Miranda) realmente faça um governo voltado para o povo e não voltado para um grupo pequeno”. A declaração é do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osires Damaso (DEM), que foi reeleito na coligação governista.