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O “primeiro-ministro” Joaquim Levy (do PAF, Partido do Ajuste Fiscal), nas horas vagas ministro da Fazenda, e a presidente Dilma Rousseff estão dizendo, com a maior clareza possível, que não vão e não podem “boicotar” Estados governados por políticos das oposições. Tese do “primeiro-ministro” e da presidente: o País só voltará a crescer, economicamente, se os Estados, juntos ou isoladamente, começarem a deslanchar. Portanto, “boicotar” um Estado é mais do que isto — é sabotar o Brasil.
De um produtor rural: “Hugo Goldfeld assumiu a presidência da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) prometendo mundos e fundos, mas até agora nada fez de concreto. Só tem discurso”. O produtor frisa que espera que Hugo Goldfeld não seja apenas mais um teórico a mais na SGPA. “Ele parece mais preocupado com os próprios negócios.”

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, tem portas abertas no Ministério da Agricultura.
Schreiner se fez amigo da ministra Kátia Abreu (PMDB) ao se tornar vice-presidente da poderosa Confederação Nacional da Agricultura. A senadora do Tocantins era presidente da CNA.
Dado o prestígio em Brasília, Schreiner quer indicar o dirigente da Agrodefesa do governo de Goiás. Por ser autarquia, a Agrodefesa depende muito de convênios com o governo federal.
Acrescente-se que José Mário Schreiner é suplente de deputado federal pelo PSD.

Antenor Nogueira (foto) e o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, travam uma poderosa queda de braço pelo controle da Agrodefesa do governo de Goiás. Enquanto se estocam nos (e fora dos) bastidores, Juan Freire, irmão do prefeito de Trindade, Jânio Darrot, deve ser indicado para o cargo. Ele é servidor de carreira e tem apoio político.
Sabe-se que Antenor Nogueira tem alto índice de rejeição entre os funcionários da Agrodefesa. É apontado como, ao mesmo tempo, “eficiente” e “arrogante”. No governo há quem avalie que passou da hora de dispensá-lo.
De um petista ponderado e meio desanimado com o PT: “O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira é menos popular, porém, como administrador, é mais consistente do que a deputada estadual eleita Adriana Accorsi”. O problema é que Edward Madureira não pertence ao establishment petista. Ele “está” no PT, mas ainda não é visto como petista pelas várias tendências. Paulo Garcia não o banca para prefeito — chega a ser vetado —, pois prefere apoiar a deputada estadual eleita Adriana Accorsi.
O delegado Waldir Soares, eleito deputado federal, tem ligado para líderes das oposições em Aparecida de Goiânia. Está pedindo apoio para disputar a prefeitura do município. Waldir Soares está com o queijo, o prato e a faca na mesa. As oposições, se não lançarem um nome consistente, vão perder, mais uma vez, para o maguitismo. Mas o deputado federal eleito precisa, de fato, aproximar-se mais dos líderes do município. Voto ele já tem.
O dentista Rogério Azeredo, do PSD, vice-prefeito da Cidade de Goiás, será candidato a prefeito em 2016. Ele deve romper com a prefeita Selma Bastos, do PT. Integrantes do PSD dizem que Selma Bastos prometia mudanças, mas está fazendo uma gestão tímida, sem criatividade. “Bem petista”, ironiza um tucano.
Gilvane Felipe é um dos mais empolgados superintendentes da Secretaria de Cidades, presidida por Vilmar Rocha. Um dos mais versáteis auxiliares do governador Marconi Perillo, Gilvane Felipe tem experiências em várias áreas. Ele foi superintendente do Sebrae-Goiás, foi secretário da Ciência e Tecnologia e da Cultura. Quando candidato a prefeito de Goiânia, estudou detidamente temas como meio ambiente e urbanismo. Gilvane, mestre em História pela Sorbonne, fala francês fluentemente e é apontado como um dos intelectuais do governo Marconi. Trata-se de um técnico com visão política do processo. Ele é um formulador e o governo deveria aproveitá-lo como tal.
De um espirituoso líder do PTB: “Cada supersecretaria do governo de Goiás é quase um governo e tem até reunião de gabinete”. O petebista afirma que a Secretaria de Cidades, Infraestrutura, Meio Ambiente e Assuntos Metropolitanos, dirigida por Vilmar Rocha, tem cinco superintendentes — Mário João, o mais poderoso, Jaqueline Vieira, Eduardo Zarath, Gilvane Felipe e Weslei Borges. “É quase um secretariado.”
De um político de Rio Verde: “As principais obras ‘do’ prefeito Juraci Martins (PSD) é a construção da loja Havan e o Buriti Shopping”. Um peemedebista discorda: “Ué, e os buracos nas ruas, que, de tão grandes, parecem ‘cultivados’”.
De um político de Luziânia: “O prefeito Cristóvão Tormin vai para o Livro dos Recordes, pois inventou a primeira administração-caranguejo da história”. Um evidente exagero, mas com bom humor.
Marcelo Melo chegou dos Estados Unidos muito gripado. Porém, ao descer em Luziânia e ser ovacionado como se fosse chefe de Estado, sarou na hora. Motivo? É candidatíssimo a prefeito do município, possivelmente pelo Pros e com o apoio do PSDB do governador Marconi Perillo. O deputado federal eleito Célio Silveira já está trabalhando para criar uma estrutura adequada para reforçar a candidatura de Marcelo Melo.
Já o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin — que dizem ser um homem de bem, ainda que equivocado —, passa mais tempo reclamando da imprensa crítica e de Célio Silveira do que administrando o município. Tormin não é incompetente, mas precisa articular uma equipe mais eficiente e que faça as obras em tempo hábil.
Há quem, na base governista, avalie que, para 2018, o anapolino Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, pode ser candidato a governador de Goiás. Sonho? Pode ser. Mas o nome do engenheiro tem sido ventilado em escalões superiores do governo goiano. No momento, Henrique Meirelles pertence ao PSD de São Paulo, onde mora.
É certo que, em março, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, o empresário Júnior Friboi e os deputados federais Pedro Chaves e Daniel Vilela vão assumir o comando do PMDB. Se necessário, vai ter intervenção federal. Em conversas com políticos de Goiás, o vice-presidente Michel Temer teria dito que está cansado das desculpas de Iris Rezende e Iris Araújo para tantas derrotas políticas. Michel Temer tem dito, com todas as letras, que o PMDB nos Estados vai ficar sob controle de quem tem mandato. Como se sabe, o grupo Maguito-Friboi terá dois deputados federais, a partir de fevereiro deste ano, enquanto o irismo não terá nenhum.