A insatisfação com o atual governo alemão e pautas como inflação, imigração e medidas climáticas tem dado à ultradireita do país força para as eleições. 

De acordo com uma pesquisa recente, se as eleições parlamentares ocorressem hoje, a AfD receberia 18% dos votos, empatando com o Partido Social-Democrata (SPD). Apenas a coalizão conservadora CDU/CSU, liderada pela ex-chanceler Angela Merkel, está à frente da ultradireita. Os Verdes, que também fazem parte da coalizão governamental, perderam popularidade, enquanto o SPD registrou queda nas intenções de voto.

A AfD tem sido fortalecida pela insatisfação geral com o governo e experimentou um crescimento significativo nos últimos dois anos. O partido é conhecido por suas posições anti-imigração e é acusado de abrigar membros neonazistas. 

A ultradireita tem maior apoio nos estados do leste alemão, onde políticos do partido adotaram posições pró-Rússia e contrárias às sanções e à assistência militar à Ucrânia. Os resultados das pesquisas são considerados indicadores para as próximas eleições estaduais e podem levar a dificuldades de governabilidade se a AfD obtiver triunfos eleitorais nos estados orientais