Entre o Ego e a Compaixão, as vidas humanas reduzidas a um jogo das Potências

03 julho 2025 às 08h43

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Miguel Rogana
Em tempos de guerra, é normal que pessoas busquem respostas em diversas crenças e opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. Com tantas guerras, sobretudo no Oriente Médio, acontecendo nesse exato momento, é o momento de olhar para o céu e ler as estrelas, na esperança de que elas nós proporcionem orientações e explicações sobre sobre esses acontecimentos.
O cenário, no geral, é de tensão e animosidade, com muito dessas guerras sendo, mais do que conflitos armados entre países, também conflitos de ideais. É da natureza humana buscar, mesmo na razão, embasamento e apoio para seus crenças e filosofias, quando não conseguem encontrar (ou não encontram da forma que esperavam) aquilo que procuram, tendem a se revoltar ou até mesmo a se tornarem odiosos e arrogantes, como Aquário, na Casa 1, vem nos mostrar.
Além disso, a ganância sempre esteve lado a lado do ser humano, uma vez que este sempre teve a tendência de querer tudo do mundo, inclusive aquilo que não lhe pertence por direito. Peixes, na Casa 2, nos diz sobre tudo aquilo que, mesmo que não seja nosso, nos faz sentir como se de fato fosse, e acaba por nos cegar sobre o que de fato podemos possuir, cobiçando coisas que muitas vezes estão aquém de nós.
A Casa 8, em Libra, junto a Marte, fala sobre uma certa “paixão”, um impulso de querer provar aos outros o quão forte você consegue ser e, mais que isso, o quanto você pode exercer sua própria força sobre as pessoas. Dessa forma, comportamentos controladores, perfeccionistas e até possessivos acabam aflorando com esse alinhamento.
Assim, uma única pessoa pode facilmente se sentir capaz e instigada a subjugar uma cidade inteira pela sua vontade, somente para seu prazer. No geral, o cenário global atualmente é marcado por forte presença de energias de narcisismo, possessividade, ganância e egoísmo, com as pessoas perdendo a conexão com os seus sentimentos e até mesmo com a sua própria humanidade, flutuando cada vez para além dessas emoções e esse bom senso, tão importante para se ter um bom equilíbrio psicológico e emocional.
Miguel Rogana é estudante de Psicologia