Grupo de países europeus pede divulgação de ata nas eleições da Venezuela
04 agosto 2024 às 15h17
COMPARTILHAR
Um grupo de sete países europeus emitiu uma declaração conjunta neste sábado, 3, pedindo à Venezuela a divulgação das atas da eleição presidencial realizada em 28 de julho, visando garantir “total transparência e a integridade do processo eleitoral”. A declaração foi assinada por Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polônia e Portugal.
Os signatários afirmam estar acompanhando de perto a situação e apoiam o “apelo do povo venezuelano pela democracia e a paz”. A declaração destaca a importância da verificação das atas eleitorais para reconhecer a vontade do povo venezuelano. “A oposição indica que recolheu e publicou mais de 80% das atas eleitorais elaboradas por cada mesa de voto. Esta verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, afirma o comunicado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Nicolás Maduro como vencedor da eleição com 51,95% dos votos, contra 43,18% do opositor Edmundo González. No entanto, a oposição contesta os resultados, alegando que González venceu com 67% dos votos contra 30% de Maduro, com base em uma contagem paralela.
Os países europeus pedem ainda que os direitos dos venezuelanos de se manifestar e a liberdade de reunião sejam respeitados. “Os direitos de todos os venezuelanos, em particular dos líderes políticos, devem ser respeitados durante este processo. Condenamos veementemente qualquer detenção ou ameaça que lhes seja dirigida”, destaca o documento.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou que não reconhece o resultado das eleições na Venezuela. Em um relatório de observadores que acompanharam o pleito, a OEA identificou indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.
Uma contagem realizada pela Associated Press, com base nas atas eleitorais divulgadas na sexta-feira, 2, pela oposição venezuelana também indicou que Edmundo González obteve significativamente mais votos do que o reconhecido pelo governo de Maduro.