Bastidores
Aliados de Paulo Garcia sustentam a tese de que seu candidato a prefeito de Goiânia terá pelo menos 20% dos votos. Assim, se ampliar sua aliança política, pode até chegar ao segundo turno.
Petistas ortodoxos e heterodoxos apostam que um segundo turno surpreendente pode ter um candidato do governo do Estado e um candidato bancado pelo prefeito Paulo Garcia. O petismo sugere que Iris Rezende vai sair na frente, mas, desidratado pelas bordoadas dos adversários e por não ter propostas novas para os goianienses, não chegará ao segundo turno.
“Perder em Goiânia significará o enterro político definitivo de Iris Rezende — que vem de quatro derrotas: três para o governo do Estado e uma para o Senado”, afirma um paulo-garcista. Será o enterro político também do irismo, que não terá como sobreviver sem Iris Rezende.
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Há quem aposte que Iris Rezende vai bancar Agenor Mariano para prefeito de Goiânia e vai resguardar-se para a disputa do governo de Goiás em 2018. Maluquice? Pode ser e pode não ser. Iristas sugerem que Iris Rezende costuma dizer que, sem Marconi Perillo no páreo, ele tem condições de voltar à gestão estadual.
Afinal, Vanderlan Cardoso está ou não na base do governador Marconi Perillo? A pergunta é feita todos os políticos—tanto da oposição quanto da situação.
Se o partido político vale mais do que cada indivíduo, e se o PSB, controlado pela senadora Lúcia Vânia, sua presidente, está na base do governador Marconi Perillo, é possível dizer que Vanderlan Cardoso pertence à base governista.
Especula-se que, por não ter um projeto criativo e moderno, Iris Rezende começa como favorito e vai se desidratando
O lema é: “Todos contra Iris Rezende e pela renovação da política em Goiânia”
Na discussão a respeito dos incentivos fiscais, a atuação do vice-governador de Goiás e secretário de Desenvolvimento, José Eliton, foi crucial para evitar um confronto mais desgastante entre o governo e empresários.
Articulador habilidoso, que aprecia dizer a verdade mas sem arrogância, José Eliton jogou água fria na fervura, apaziguou os ânimos e obteve o apoio do governador Marconi Perillo. Os empresários querem segurança jurídica nos contratos de incentivos fiscais assinados com o governo de Goiás.
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O ex-deputado federal Luiz Bittencourt, pré-candidato do PTB, e o deputado federal Giuseppe Vecci, do PSDB, são as duas principais apostas dos políticos mais ligados ao governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, para tentar vencer as eleições para prefeito de Goiânia.
O tucano-chefe percebe Luiz Bittencourt e Giuseppe Vecci como técnica e politicamente consistentes. O governador estaria convencido de que os dois têm perfil para derrotar o ex-prefeito Iris Rezende. E, se eleitos, têm condições de governar com qualidade.
Pesquisas qualitativas, indicativas de quais nomes poderão crescer, quando e se seus discursos forem assimilados, sugerem que Luiz Bittencourt e Giuseppe Vecci podem superar Iris Rezende, que não é visto como criativo e moderno.
Quando o novo vence, mas tenta afagar o velho, tende a não se firmar, e às vezes acaba atropelado pelas forças anti-mudança
Petistas comemoram o fato de que, finalmente, o prefeito Paulo Garcia percebeu que o PMDB não tem aliados — tem interesses. Quando os interesses são contrariados, os aliados não contam mais. O prefeito foi (e é) leal a Iris Rezende, não divulgou sua caixa preta, mas os peemedebistas têm se comportado de maneira desleal, na avaliação dos petistas.
A lealdade de Paulo Garcia tem sido paga, diariamente, com ingratidão.
Além dos mosqueteiros Agenor Mariano e Clécio Alves, o irismo está buscando mais políticos para criticar a gestão de Paulo Garcia. A tese é que, criticando-a desde agora, quando chegar outubro, os eleitores estarão convictos de que o PMDB não patrocina e não tem nada a ver com o PT e com o prefeito Paulo Garcia.
O curioso é que os peemedebistas estão na gestão de Paulo Garcia desde abril de 2010. Muitos continuam encastelados na prefeitura. Não vai ser fácil dissociarem-se do PT. Os eleitores podem entender que foram e estão sendo enganados pelo PMDB.