Bastidores
O PSDB vai bancar Vilson Santos para prefeito de Jussara. Ele tem o apoio do deputado estadual Virmondes Cruvinel e da tucana Maria Amélia, mulher do conselheiro do TCM Joaquim de Castro. Ex-vice-prefeito e ex-vereador, Vilson Santos é apontado como um político articulado e popular. Pressionada pelo deputado estadual Cláudio Meirelles, a prefeita Tatiana Ranna, do PTC, deve disputar a reeleição. Desgastada e mal avaliada pela população, Tatiana estaria desistindo de concorrer, mas, como é muito ligada ao parlamentar, teria recolocado seu nome no páreo. Mas há quem acredite que, adiante, banque outro nome.

Os cargos do governo federal em Goiás serão ocupados por peemedebistas, tucanos, republicanos, pepistas e petebistas — se a presidente Dilma Rousseff sofrer impeachment e Michel Temer assumir a Presidência. O PMDB quer ficar com os cargos estratégicos. O problema é que o partido só tem dois deputados federais e nenhum senador. A tendência é o PSDB e sua base política saírem fortalecidos.
Danilo Rios, do PR, e Luizão Antônio Rodrigues, do PSB, devem disputar a Prefeitura de Aragoiânia. A duplicação da principal via de acesso a Aragoiânia e a refundação do município como cidade-universitária são bandeiras de Danilo Rios. O candidato quer, agora, ampliar seu quadro de alianças políticas. Por ter sido prefeito, Luizão Antônio é mais conhecido e é apontado como favorito. Mas tem processo na esfera federal — é acusado de improbidade administrativa (na sua gestão desapareceu um gerador de energia elétrica) — e, ficar caracterizado que é ficha suja, não poderá disputar a reeleição em 2 de outubro deste ano.

Flávia Morais consultou vários advogados na semana passada. A lei é interpretada de várias maneiras. Mas a deputada federal concluiu que, se for expulsa do PDT — no caso de votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando a orientação da cúpula do partido —, não poderá disputar a Prefeitura de Trindade na eleição de 2 de outubro. Não dá mais tempo de ser transferir de partido para o próximo pleito. Aliados chegaram a sugerir que deve correr o risco. Até porque, se Dilma Rousseff sofrer o impeachment — a votação de domingo é uma preliminar da decisão do Senado —, Carlos Lupi, o poderoso chefão do PDT, não terá mais condições morais de expulsar deputado. O mais crível é que, se Michel Temer assumir a Presidência da República, Carlos Lupi passe a frequentar o Palácio Planalto e a lutar por um ministério — como se nada tivesse acontecido.

O deputado federal Alexandre Baldy tem sido elogiado por Michel Temer e Eduardo Cunha como uma articulador de primeira linha. Numa roda de aliados, Temer teria dito, em virtude da juventude do presidente do PTN em Goiás: “É o mascote do impeachment”.
Incansável na articulação, sugerindo que nasceu para fazer política e não cuidar de negócios, Alexandre Baldy trabalhou em tempo integral para convencer o Pros, dirigido pelo goiano Eurípedes Júnior, a apoiar o impeachment.
Alexandre Baldy mostrou dados e sugeriu que o nome do futuro é Michel Temer e que o nome do passado é Dilma Rousseff. Convencido, Eurípedes Júnior desembarcou do governo federal e declarou apoio ao impeachment da petista.

Goianos que visitaram Palácio do Jaburu, na semana passada, chegaram a perguntar, em tom jocoso: “É a festa de Trindade, a romaria começa aqui?” Ante um Michel Temer atônico, os políticos, sobretudo Sandro Mabel, esclareceram do que se tratava. Aí o vice-presidente da República riu com vontade. A cerimônia do beija-mão, no Palácio do Jaburu, impressiona. Consta que até um petista apareceu por lá, meio desconfiado. Já no Palácio do Planalto e no Palácio Alvorada, o clima é de velório. A presidente Dilma Rousseff anda cabisbaixa. Ela, que não é corrupta, em termos financeiros, lamenta ter de deixar o governo com a imagem negativa, mas avalia que a história lhe fará justiça.
Organizador do maior encontro de muladeiros da América Latina, que reúne mais de mil pessoas, o produtor rural Naçoitan Leite é apontado como favorito para a disputa da Prefeitura de Iporá. Mas enfrenta uma oposição consistente de um professor e de um ex-prefeito. O problema de Naçoitan Leite é que o prefeito de Iporá, um primo, é mal avaliado. Para piorar, os opositores afiançam que o tucano é o prefeito de fato. “Por que ‘reelegê-lo’ se a gestão vai mal?”, pergunta um ex-prefeito.

[caption id="attachment_38135" align="alignright" width="620"] Jardel Sebba | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O deputado estadual Adib Elias (PMDB) tem o hábito de dizer que, segundo as pesquisas, já está praticamente eleito prefeito de Catalão.
Uma pesquisa divulgada pelo “Diário da Manhã”, com 400 entrevistas, registrada na Justiça Eleitoral em 8 de abril sob o número 02068/2016 e feita pelo Instituto Tocantins Market, sugere outra possibilidade. O levantamento foi feito de 6 e 8 de abril, com margem de erro de 4,9 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo a pesquisa, o prefeito Jardel Sebba (PSDB) lidera, com 33% das intenções de voto dos eleitores de Catalão. Adib Elias aparece com 31%.
Adversários de Adib Elias ressaltam que o peemedebista, como tem contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pode se tornar ficha suja e, por isso, pode não ter condições de disputar a Prefeitura de Catalão.
Numa visita ao Jornal Opção, Adib Elias disse que não é ficha suja e que vai disputar a prefeitura.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, falou com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio Jaburu, durante mais de meia hora, na semana passada. Michel Temer disse que, se entronizado na Presidência da República, vai atender os pleitos do governo de Goiás. Hoje, Lula da Silva trabalhar para atrapalhar a privatização da Celg.

O tucano Marconi Perillo e o deputado federal Thiago Peixoto (PSD), ao visitarem Michel Temer, no Palácio Jaburu, em Brasília, encontraram-se com Sandro Mabel. O ex-deputado articula tanto para o vice-presidente quanto para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Todos do PMDB. Sandro Mabel é cotado para a chefia da Casa Civil de um provável governo de Michel Temer.

Goiás está bem na fita nacional. Se Michel Temer assumir o governo, como vai precisar de uma base parlamentar sólida — o PT lhe fará oposição —, abrirá espaços amplos para o PSDB. Se for criado o Ministério da Segurança Nacional, o vice-governador de Goiás e secretário da Segurança Pública, José Eliton, pode ser convocado para chefiá-lo. O senador Ronaldo Caiado, do DEM, é cotado para o Ministério da Agricultura, substituindo Kátia Abreu, do PMDB. Curiosamente, José Eliton, do PSDB, e Ronaldo Caiado devem se enfrentar em 2018 na disputa pelo governo do Estado.

Emplacado Michel Temer na Presidência da República, se Dilma Rousseff cair, Eduardo Cunha tende a renunciar à presidência da Câmara dos Deputados.
O mais cotado para substitui-lo é Jovair Arantes — chamado em Brasília de Jovadeus, por ter elaborado o relatório que pede o impeachment da petista —, mas o parlamentar goiano também é cotado para um ministério.

Apontado como possível ministro, Marcelo Melo (PSDB), ligadíssimo a Michel Temer, prefere disputar a Prefeitura de Luziânia. Com o apoio dos deputados Célio Silveira (PSDB) e Diego Sorgatto (PSB), é mencionado como favorito.

[caption id="attachment_50083" align="alignright" width="620"] Daniel Vilela ministro? | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Na cota do PMDB goiano, o deputado federal Daniel Vilela é mencionado como ministeriável.
O deputado federal Pedro Chaves não foi mencionado. Mas é respeitado por Michel Temer. Agora, quando ouve o prenome “Iris”, o vice-presidente confidencia que olhos ardem...

A tendência é que Goiás tenha de um a dois ministérios. Não mais do que isto. O motivo? O Estado não tem um eleitorado do tamanho de São Paulo e Minas Gerais. Mas há um detalhe que conta: a bancada é razoável. Michel Temer queria saber, na passada, quantos deputados federais seguiam a orientação do governador Marconi Perillo. Ouviu que são 13. “Quem bom!”, teria exclamado.