Flávia Morais consultou vários advogados na semana passada. A lei é interpretada de várias maneiras. Mas a deputada federal concluiu que, se for expulsa do PDT — no caso de votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando a orientação da cúpula do partido —, não poderá disputar a Prefeitura de Trindade na eleição de 2 de outubro. Não dá mais tempo de ser transferir de partido para o próximo pleito.

Aliados chegaram a sugerir que deve correr o risco. Até porque, se Dilma Rousseff sofrer o impeachment — a votação de domingo é uma preliminar da decisão do Senado —, Carlos Lupi, o poderoso chefão do PDT, não terá mais condições morais de expulsar deputado.

O mais crível é que, se Michel Temer assumir a Presidência da República, Carlos Lupi passe a frequentar o Palácio Planalto e a lutar por um ministério — como se nada tivesse acontecido.