Durante expedição no Rio Meia Ponte, pesquisadores observaram uma série de irregularidades: descarte de lixo e esgoto; erosões; assoreamento; extração irregular de areia. “A situação é muito crítica e a olho nu já constatamos muitos problemas” disse ao citar as péssimas condições da água.

Após seis dias, a 1ª Expedição Rio Meia Ponte foi finalizada nesta segunda-feira, 27. Desde o dia 22, grupo de pesquisadores liderados pela vereadora Kátia Maria, do PT, navegou pela extensão do rio, em Goiânia. Foram coletadas amostras da água, solo, vegetação e animais. O intuito é fazer diagnóstico das condições do Meia Ponte. “Agora nosso trabalho será construir esse relatório, que chamamos de Carta das Águas do Meia Ponte, que dirá a verdadeira situação do rio”, explicou a petista.

Apesar de não ter caráter fiscalizatório e sim científico e educativo, às irregularidades sobressaltaram. Agora, elas serão encaminhadas aos órgãos competentes para que as medidas punitivas sejam tomadas.

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia, e o rio, em específico, é responsável por pelo menos 50% da água que chega para a população goianiense.

A Coordenadora do projeto, explicou que o relatório final será apresentado em junho, na Semana do Meio Ambiente, e encaminhado a todos os órgãos competentes. “Mas também seguiremos com nossas ações de conscientização da população, de preservação e de denúncias de irregularidades”, concluiu.

A Expedição Rio Meia Ponte contou com a participação de mais de 50 pessoas, entre pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Instituto Federal de Goiás (IFG), técnicos da Saneago e do Centro de Zoonoses e equipes do Batalhão Ambiental e Corpo de Bombeiros. Além da equipe que desceu o rio embarcada, uma outra percorreu os bairros que margeiam o Meia Ponte, visitando escolas, feiras e moradores para levar ações de educação ambiental.