O primeiro dos “Palhinhas” do futebol nacional morreu nesta segunda-feira, 17, aos 73 anos. Um dos grandes meias do futebol brasileiro dos anos 70 e começo dos anos 80, tendo várias participações na seleção brasileira, Vanderlei Eustáquio de Oliveira estava internado em um hospital em Belo Horizonte, sua cidade natal, por conta de uma infecção.

A informação de sua morte foi divulgada primeiramente pela Rádio Itatiaia. O Atlético Mineiro, um dos clubes em que fez história, compondo o grande e vencedor elenco do início dos anos 80, lamentou a perda do jogador habilidoso nas redes sociais:

“O Galo lamenta o falecimento de Palhinha, ex-jogador e ídolo do Clube, que nos deixou hoje pela manhã, aos 73 anos. Palhinha foi um dos grandes atletas do futebol brasileiro. No Galo, foi um dos craques daquele histórico time do início da década de 80, conquistando o Campeonato Mineiro em 1980 e 1981, além de ter chegado à final do Brasileiro de 80. Nossa solidariedade aos familiares e fãs.”

Palhinha também foi ídolo no outro time da grande rivalidade mineira – ele começou a jogar pelo Cruzeiro, onde viveu o auge, sendo considerado um dos grandes da história celeste. Pelo clube que o revelou, foi heptacampeão mineiro e conquistou a Libertadores de 1976, fazendo 13 gols em uma única campanha — um recorde entre os brasileiros. A Raposa também soltou sua nota oficial.

Um dos maiores ídolos do Cruzeiro nos deixou hoje, aos 73 anos. Vanderlei Eustáquio de Oliveira, o Palhinha, foi o artilheiro da Libertadores de 1976 com 13 gols em 10 jogos. Uma das várias marcas expressivas que o consagrou como sétimo maior goleador da história celeste, com 156 gols em 457 jogos. Dos campos de terra do Barreiro aos grandes estádios, o atacante estreou no Cruzeiro em 1968, foi convocado para a Seleção Brasileira em 1973 e também fez história em outros clubes do futebol brasileiro com sua inteligência e velocidade. Descanse em paz, eterno ídolo Palhinha. 🤍

Outro clube em que fez história foi o Corinthians. Palhinha chegou ao clube como a maior contratação da história do futebol brasileiro até então, pelo equivalente à época a 1 milhão de dólares, e foi campeão paulista de 1977, um título lendário para a equipe, que estava havia 23 anos sem conquistar um troféu.

Pela seleção, fez 16 jogos e seis gols, entre 1973 e 1979. Depois de encerrar a carreira, Palhinha também foi treinador, comandando diversos clubes de 1985 a 1995.

Uma curiosidade é que, por sua causa, vários jogadores que atuavam no meio ganharam apelido de Palhinha. Ainda na década de 80, um deles, batizado Edvaldo Souza Marques, se destacou no futebol goiano, atuando pelo Goiás e pelo Atlético.

Outro Palhinha, esse também de grande sucesso na carreira, foi Jorge Ferreira da Silva, que foi revelado pelo América Mineiro e fez história no São Paulo na década de 90. Ele compôs o elenco que foi bicampeão da Copa Libertadores e do Mundial Interclubes em 1992 e 1993. Chegou à seleção brasileira, pela qual disputou 16 partidas.