O diretor, roteirista e produtor Sérgio Muniz, morreu neste sábado, 5, aos 88 anos.Sérgio Muniz iniciou sua carreira na época da ditadura, participou de vários festivais na América Latina e travou amizade com dirigentes do Instituto Cubano del Arte e Indústria Cinematograficos, o que o levou diversas vezes a Cuba, onde morou por três anos e participou da direção da Escuela Internacional de Cine y TV, em San Antonio de los Baños.

Nesta segunda-feira, 7, Sérgio Muniz participaria como debatedor na exibição especial do documentário “O Fascismo de Todos os Dias” (1965), do diretor Mikhail Romm, no CineSesc, em São Paulo. O filme é uma produção do estúdio russo Mosfilm e distribuído no Brasil pelo CPC-UMES Filmes.

“Recebemos há pouco a notícia de que nosso querido amigo Sérgio Muniz acaba de falecer, aos 88 anos. Diretor, roteirista e produtor conhecido sobretudo pelo trabalho com o fotógrafo Thomaz Farkas, Muniz dedicou a vida ao cinema e à cultura. Aprendeu técnicas cinematográficas na prática, e iniciou sua trajetória de documentarista nos tempos turbulentos da ditadura militar”, afirmou em nota, o CPC.

O cineasta também trabalhou na secretaria municipal de Cultura em São Paulo, sob a coordenação de Marilena Chauí, e na Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, onde desenvolveu projetos de ensino de audiovisuais para o Museu da Imagem e Som (MIS) e foi consultor para a área de cinema do Memorial da América Latina.