O promotor do Ministério Público (MP), Wilson Nunes Lucio, da 1º Promotoria de Justiça da Comarca de Porangatu, solicitou uma medida protetiva de urgência ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ) em favor da esposa do vereador do município Gildemar de Morais, conhecido como “Fusquinha”. Como mostrado pelo Jornal Opção, Elaine Cristina Francisco Gomes, que é casada há cerca de 10 anos com o parlamentar, o acusou de ter a agredido no último domingo, 16.

No pedido, Wilson afirma que a medida de proteção tem como objetivo evitar “eventual irreparabilidade de dano ou lesão a direito da ofendida”. O procurador diz ainda que a medida é suficiente, por hora, para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a vítima. Ele pede, inclusive, que o vereador seja informado sobre o pedido, visto que ele pode acabar sendo preso caso o juiz acate a medida. 

“A vontade da ofendida é clara em se manter afastada do requerido, tendo em vista o receio de novas agressões, conforme se observa do pedido realizado em sede policial”, diz trecho do documento.

Agressão 

Elaine relatou que, após as discussões, o marido teria pegado uma bengala e desferido um golpe contra ela. A vítima diz que conseguiu se defender com o braço. O vereador, no entanto, negou a ação violenta, alegando que tentou defender a filha de 8 anos de agressões por parte da mulher.

A vítima conta que ao longo do relacionamento, as agressões verbais foram constantes. Ela diz que já havia registrado outro boletim de ocorrência contra o vereador, mas que retirou a queixa a pedido dele.

Elaine Cristina narra que, quando o marido chegou em casa, por volta das 18h30 de domingo, eles começaram a discutir por causa de situações ocorridas em uma chácara. E sublinha que, no decorrer das discussões, o político teria se irritado e pegado uma bengala. 

“Quando ele veio com a bengala, eu estava na porta da rua. Então, ele veio para me bater com a bengala e eu coloquei o braço. Quando coloquei o braço, ele bateu-a em mim e ela quebrou. A minha filha começou a me agredir com palavras e eu dei um tapa nela e pedi para me respeitar”, contou.

O caso é investigado pela Polícia Civil (PC). 

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