A médica cirurgiã plástica, Lorena Duarte Rosique, foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A vítima Arminda Lopes de Aguiar, conforme a denúncia, morreu devido a complicações após três procedimentos estéticos realizados em janeiro de 2022.   

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De acordo com o documento, o procedimento cirúrgico realizado em Arminda, embora complexo, foi negligenciado por Lorena durante o pós-operatório. A falta de acompanhamento por parte da médica resultou em uma embolia pulmonar, que culminou no óbito da paciente.

“Entende-se que a avaliação médica incorreta refletiu em um tratamento tardio e, portanto, ineficaz”, diz trecho do documento. 

Em nota, a defesa da médica lamentou a morte de Arminda e que não foi identificada nenhuma negligência ou imprudência por parte da profissional (veja nota completa abaixo).

Outras denúncias

A profissional já foi investigada outras quatro vezes por provocar lesões corporais e até a morte de pacientes entre 2021 e 2023. A última última denúncia apurada é referente a morte da enfermeira Giselle Dias da Silva Barros, de 42 anos, em julho do ano passado. A mulher teria morrido depois de uma lipoaspiração nas costas. 

Lorena teve o registro profissional cancelado em São Paulo e no Distrito Federal. Apesar de ter sido indiciada quatro vezes pela Polícia Civil (PC), o registro da médica continua ativo no site do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). A entidade informou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em sigilo.

Veja a nota completa

“A defesa jurídica da médica Dra. Lorena Duarte Rosique expressa profundo pesar, inicialmente pelo falecimento da estimada paciente, bem como lamenta a exposição recorrente e uso da imagem da médica, já que em 04/09/2023, o Ministério Público apresentou a denúncia que já recebeu ampla cobertura midiática na época e agora ressurge, como novidade.

Desde a denúncia no ano passado, o processo seguiu seu curso normal, o que permitiu inclusive a produção de provas, do qual o Laudo Pericial realizado pela JUNTA MÉDICA OFICIAL DO PODER JUDICIÁRIO (em anexo), que, apesar de inconclusivo, aponta na página 07, a causa da morte por Tromboembolismo Pulmonar – TEP, o que descarta a responsabilidade da médica pelo ocorrido.

Importante esclarecer que não foi verificada qualquer imprudência, negligência ou imperícia na atuação da Dra. Lorena Duarte Rosique no caso, e que a causa da morte por Tromboembolismo Pulmonar – TEP, é uma condição que pode surgir em qualquer cirurgia devido a fatores orgânicos e externos, o que demonstra definitivamente que não ocorreu falha médica!

Inclusive, o esperado era que na última manifestação do Ministério Público neste processo, o promotor “da Justiça” fizesse o requerimento de ABSOLVIÇÃO da acusada, por ter verificado prova que não existe culpa ou responsabilidade criminal, mas infelizmente insiste em permanecer com acusação sem qualquer fundamento.

Ainda serão feitos os Memoriais Finais por esta Defesa na ação, mostrando ao juízo os equívocos da acusação, que passou a ser indevida após a constatação da ausência de responsabilidade, culpa ou erro da médica, e somente após, nos próximos dias, seguirá para Sentença. Permanecemos à inteira disposição para esclarecimentos e agradecemos a este sério jornalismo a oportunidade do contraditório!”.