Irmãos Brazão são transferidos para presídios federais distintos
27 março 2024 às 10h31
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O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil -RJ), e seu irmão Domingos Brazão, que atua como conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foram transferidos de Brasília para presídios federais distintos nesta quarta-feira, dia, 27. Rivaldo Barbosa permanecerá em Brasília.
Os três são suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes no Rio de Janeiro. Eles foram detidos no domingo, 24, durante a Operação Murder Inc. realizada pela Polícia Federal (PF).
A operação contou com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol/PCERJ) e da Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além da colaboração da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Domingos e Chiquinho Brazão possuem um forte reduto político e eleitoral em Jacarepaguá, um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, que tem sido historicamente influenciado pela presença de milícias.
Chiquinho Brazão foi mencionado na delação de Ronnie Lessa, o assassino confesso de Marielle Franco. Domingos exerceu o cargo de vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo MDB durante 12 anos, incluindo os dois primeiros anos do mandato de Marielle, de 2016 a março de 2018, período em que ela foi assassinada.
Brazão foi eleito para a Câmara dos Deputados, em 2018, pelo Avante. Em 2022, ele conquistou sua reeleição pelo partido União Brasil. Chiquinho afirmou à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, que manteve um bom relacionamento e convívio com Marielle Franco nos dois anos em que compartilharam o plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O nome de seu irmão, Domingos Brazão, foi mencionado no depoimento do miliciano Orlando Curicica à Polícia Federal, quando foi questionado sobre o crime.
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