De hoje, 29, até 2 de junho, conselheiros, magistrados e equipes de técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) participarão de visitas a unidades prisionais do sistema carcerário de Goiás. A determinação ocorre depois que relatório do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas apontou indícios de irregularidades. O promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás, Fernando Krebs, explica que haverá um cronograma de visitas a ser seguido e que as vistorias vão ser finalizadas com a presença da ministra Rosa Weber.

“Várias unidades prisionais serão inspecionadas, não apenas o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, mas também no interior do estado, como Morrinhos, Caldas Novas, Novo Gama, entre outras. É uma inspeção bastante abrangente e que demandará toda a semana. Ela começa nesta segunda-feira, com a presença do corregedor-geral do CNJ, ministro Felipe Salomão, que também é do Superior Tribunal de Justiça, e concluída na sexta com a visita da ministra Rosa Weber, que é a presidente do STJ e ministra do Supremo Tribunal Federal”, pontua Krebs.

O promotor explica ainda que inspeções do Ministério Público anteriores já afastaram hipóteses de tortura dentro das unidades, mas que, caso o CNJ encontre irregularidade, tudo vai seguir os trâmites legais. “Denúncias nós recebemos muitas porque o sistema mudou da água pro vinho porque ele se tornou muito duro. Hoje regem nos presídios goianos os quesitos da disciplina e da ordem. Nós não temos mais a entrada de drogas, de celulares, , de armas, dinheiro e até de prostitutas como já tivemos, inclusive, com a construção de um motel dentro do Complexo Prisional de Aparecida”, afirma o promotor.