O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que cerca de 1 em cada 5 domicílios com um morador quilombola não recebe abastecimento de água em Goiás. Segundo o estudo revelado na última semana, 2.657 domicílios do total de 12.401 ainda não possuem ligação com a rede central de abastecimento de água.

De acordo com os dados do IBGE, 73,8% desses domicílios estavam ligados à rede geral, mas 588 utilizavam outras formas de abastecimento: 297 recorriam a poços profundos ou artesianos, 134 a poços rasos, 87 a fontes naturais e 57 a rios ou açudes.

Quanto ao esgotamento sanitário, 23% dos domicílios possuíam esgotamento via rede geral, 18,7% tinham fossas sépticas não ligadas à rede e 52,6% utilizavam fossas rudimentares. Cerca de 4,6% dos domicílios não possuíam banheiro nem sanitário.

A pesquisa também abordou a coleta e destino do lixo nesses domicílios. Em 2022, 75,6% tinham o lixo coletado por serviços de limpeza, 19,6% queimavam o lixo na propriedade, 3,6% utilizavam caçambas e o restante enterrava o lixo ou o descartava em terrenos baldios ou áreas públicas.

O estudo aindadestacou características dos 12.401 domicílios quilombolas no estado, dos quais 98,4% eram casas, 1,1% casas de vila ou condomínio, 0,3% apartamentos e 0,2% habitações em cortiços.

O levantamento divulgado nesta semana faz parte do Censo Demográfico 2022, que, pela primeira vez, investigou o pertencimento étnico quilombola e recenseou 1.330.186 quilombolas em 25 unidades da Federação.

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