Goiás assina o termo de adesão do Estado ao Plano Brasil sem Fome, do governo federal, durante a VII Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Goiás (VII Cesan), nesta terça-feira, 31. Evento terá a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias. Mais de 80 ações e programas foram reunidos em uma articulação nacional para combater a insegurança alimentar e a carestia no Brasil. O projeto tem mais de 100 metas para garantir redução da pobreza, alimentação adequada e mobilização social.

O Plano Brasil Sem Fome foi apresentado no encontro intitulado “Lições do Brasil: recuperando-se dos retrocessos na luta contra a fome e a desnutrição”. Durante o evento, Dias enfatizou o firme compromisso do governo em lidar de forma eficaz com a insegurança alimentar que atualmente afeta mais de 33 milhões de cidadãos. Além disso, sublinhou a importância de estratégias que não apenas forneçam alívio imediato à fome, mas também promovam a segurança alimentar a longo prazo. Dessa forma, visando a construção de um Brasil onde a fome e a desnutrição sejam lembranças do passado.

Aproximadamente 858 mil pessoas que moram em Goiás fazem apenas uma ou nenhuma refeição por dia, apontou o o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan) no ano passado. A coleta de dados aconteceu entre 2021 e 2022, isto é, os números não estão atualizados. Além disso, outros 901 mil moradores do estado foram descritos como com insegurança alimentar moderada.

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no entanto, mostrou que 438.806 pessoas em Goiás saíram da linha da pobreza no último mês de junho. Isso significa que elas passaram a receber mais de R$ 218 por pessoa com a transferência do Bolsa Família, o que o governo considera como o mínimo para alguém ser considerado na faixa da pobreza.

Brasil sem Fome

Em 2022, o Brasil retornou ao Mapa da Fome, legado de um desgoverno que negava a existência do problema e fez o país contabilizar 33 milhões de pessoas passando fome, sem contar as que vivem em insegurança alimentar. O plano é formado por 80 ações e programas estratégicos, que são delineados em mais de 100 metas específicas. A iniciativa está estruturada em três pilares fundamentais:

  • Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania;
  • Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo;
  • Mobilização para o combate à Fome.

Estratégias do programa

  • Aumento da renda disponível das famílias para comprar alimentos;
  • Mapeamento e identificação de pessoas em insegurança alimentar para inclusão em políticas de proteção social e acesso à alimentação;
  • Mobilização dos governos, dos poderes públicos e da sociedade civil para integrar esforços e iniciativas de combate à fome.