Mais de 230 municípios goiano devem participar da greve das prefeituras, informa Haroldo Naves (MDB) que é o presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM). A quantidade equivale a aproximadamente 95% das localidades do estado, incluindo grandes cidades como Anápolis, Senador Canedo e Catalão. Conforme antecipado pelo Jornal Opção, a mobilização em Goiás deverá ocorrer no dia 14 de setembro.

De acordo com Naves, a adesão será “massiva”, entretanto, ele não garantiu a participação de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Rio Verde. “Algumas cidades maiores sofrem menos com a redução da arrecadação, mas ainda sofrem com aumento de despesas. De qualquer forma, vamos fazer o convite para todos os prefeitos”, disse.

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O presidente da FGM disse que os municípios de Acreúna, Iporá, São João das Alianças, Abadiânia, Bela Vista de Goiás, Teresópolis, Campos Belos, São Miguel do Araguaia e Gameleira estão confirmados na greve. Além disso, ele diz que está confiante na participação de Rio Verde. De acordo com ele, o prefeito Paulo do Vale (UB) sempre apoiou movimentações como essa.

Na capital, ainda não há uma confirmação sobre a participação ou não de Goiânia no movimento. O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) está deliberando sobre a decisão. Naves contou que se reuniu com cerca de 170 prefeitos nesta semana, fora que outros não participaram das conversas, mas que já garantiram que estão com o movimento.

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Segundo a Federação Goiana de Municípios (FGM) e a Associação Goiana de Municípios (AGM), cerca de 65% das prefeituras de Goiás estão com o saldo negativo. O índice goiano ainda supera a marca nacional que é de 51%, conforme a Confederação Nacional dos Municípios (CFM).

Por isso, a iniciativa “Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar” pede um aumento de 1,5% nos repasses da União via Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A ferramenta é a principal forma de obtenção de receita em sete a cada dez municípios, principalmente após a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida foi tomada durante gestão de Jair Bolsonaro (PL) para fins eleitoreiros e trouxe impactos para os cofres públicos.