Um dos principais tópicos comentados durante a semana na Câmara Municipal de Goiânia foi a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na proteção das escolas da capital. Diversos vereadores defendem que as forças de segurança municipais sejam utilizadas para a proteção dos estudantes, docentes e funcionários das instituições. Inclusive com um pedido para que os agentes atuem apenas na proteção das unidades de ensino no momento de emergência.

Para o presidente da Casa, vereador Romário Policarpo (Patriota), que é um GCM, é necessário um trabalho entre a entidade e a Secretaria Municipal de Educação. “É preciso ter uma integração maior entre as duas partes porque não é um problema policial, mas sim social e de saúde mental dos estudantes. Temos que evitar que o problema chegue ao ápice porque aumentar o policiamento não será suficiente”, explicou. 

Pela questão policial, Policarpo explica que a segurança das escolas municipais faz parte da rotina da GCM, mas que ainda é necessário mais efetivo para cumprir com a demanda. Ele argumenta que nem todos os agentes da guarda e todos policiais militares seriam suficientes para cobrir todas as instituições de ensino público de Goiânia.

Em busca de reforçar a segurança nos locais, vereadores como Paulo Magalhães (União Brasil) estão requerendo mais efetivo para a GCM. Já outros defendem uso de segurança privada, como Willian Veloso (PL). Ainda há o requerimento do Sargento Novandir (Avante) para que todo os agentes da guarda trabalhem exclusivamente para segurança das instituições. 

“Apresentei para o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), um requerimento com assinatura de quase todos os vereadores pedindo que GCM atenda exclusivamente as escolas”, contou o parlamentar, que trabalhou na Polícia Militar de Goiás (PMGO) por 17 anos. “Neste momento, os locais de ensino precisam do serviço policial. Precisamos ter um agente em cada escola, como tínhamos antes. A prioridade é a segurança dos alunos”, defendeu.

Segundo Novandir, a GCM teria condições de atender todas as escolas da capital se focassem apenas nisso. “Temos um efetivo de aproximadamente 1.400 guardas e temos 376 instituições de ensino. Tenho certeza que é possível atender essa demanda trabalhando de segunda-feira a sexta-feira no período das aulas”, argumentou o parlamentar.