Servidores da educação protestam na Câmara cobrando reajuste da Prefeitura
20 setembro 2022 às 11h59
COMPARTILHAR
*Com informações de Eduardo Marques
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO) protestou durante a manhã desta terça-feira, 20, na Câmara Municipal de Goiânia. A categoria cobra da Prefeitura de Goiânia o pagamento do data-base de 2022 e o plano de carreira dos servidores administrativos. Além de pedirem velocidade para administração municipal no diálogo com a entidade sobre as pautas dos trabalhadores.
Em entrevista para o Jornal Opção, a presidente do SINTEGO, Ludmylla Morais, explicou que até o momento ainda não houve o pagamento do reajuste salarial deste ano. “A proposta era para ser encaminhada no primeiro semestre de 2022 e o Projeto de Lei até o momento não chegou na Câmara Municipal”, afirmou a líder sindical.
Nessa segunda-feira, 19, o prefeito Rogério Cruz determinou o pagamento da data-base 2022, em parcela única, com correção de defasagem salarial, no mês de dezembro, para os servidores da Prefeitura de Goiânia, à exceção dos professores, que têm direito ao piso salarial nacional. Além da categoria, outros setores de administrativos, cujo projeto de lei do plano de carreira será encaminhado até o dia 23 de setembro para apreciação da Câmara Municipal, também não estão incluídos na determinação.
Diante da decisão, Ludmylla destacou a situação dos servidores administrativos da educação. “A média salarial desses trabalhadores é cerca de R$ 700 a R$ 800. É vergonhosa a situação em que eles se encontram. Não é possível que a Prefeitura não olhe para esse caso. Existe uma previsão de um encaminhamento de plano de carreira no qual os administrativos não possuem uma previsão. Nós entregamos a minuta do plano de carreira e até agora não foi nem montada uma comissão para discuti-la”, disse. Ela ainda destaca que o grupo é o que recebe o menor pagamento entre toda a categoria.
Morais ainda ressaltou que o protesto de hoje não é uma ação política, mas um pedido para que a administração municipal trate melhor os servidores da educação.
“O diálogo com a Prefeitura é muito lento, por exemplo, agora soltaram uma nota dizendo que vão mandar agora o Projeto de Lei para que seja pago apenas em dezembro. Era para ser no primeiro semestre e eles estão falando que vão pagar no final do ano, sem dialogar com o Sindicato. Em nenhum momento fomos chamados para que esse anúncio fosse feito. Queremos que tratem os trabalhadores com mais consideração”, apontou a sindicalista.
Resposta da Câmara
Em resposta ao protesto, o líder do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na Câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB), afirmou que está tudo acertado com os servidores. “Após a pandemia, somos uma das poucas prefeituras do Brasil que pagou o piso salarial dos seus professores, como manda o Governo Federal. Ou seja, não deveremos nenhum resquício de piso salarial para os funcionários da prefeitura municipal de Goiânia. Temos mais de R$ 240 milhões separados para o pagamento integral, o que elimina qualquer possibilidade de reclamação nesse sentido”, explicou o parlamentar.
O Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ainda contou que houve demora porque a “situação dos cofres públicos no pós-pandemia não é igual ao período normal”. Em nota, a Prefeitura de Goiânia também determinou que o data-base de 2022 seja pago em dezembro, com parcela única e reajuste de 12,13%.