Durante a manhã de terça-feira, 02, a Prefeitura de Goiânia apresentou um superávit de R$ 423 milhões no terceiro quadrimestre de 2022, maior que 2021 (R$ 149,8 milhões). Além de um aumento de uma receita de R$ 7,12 bilhões, o que significa um aumento de 9,28% em relação ao ano anterior. Por isso, levando em conta a situação financeira da capital, a desoneração de impostos começou a ser comentada no Paço e Câmara Municipal.

Para o líder do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na Casa, vereador Anselmo Pereira (MDB), os dados apresentados foram os melhores que já viu nos quase dez mandatos como parlamentar. Por isso, ele considera que a primeira desoneração possa acontecer no IPTU na parte central de Goiânia. “Vamos abaixar os impostos naquela região para trazer mais incentivos para quem quiser construir e/ou morar lá”, contou.

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“Como é que Centro será requalificado se as alíquotas que estão lá são de 1975? Algo que fez o local ficar penalizado por 46 anos”, questionou Anselmo, em coletiva durante a prestação de contas. “Vamos abaixar os impostos daquela região e trazer incentivos para quem queira morar, construir e circular lá. Ao mesmo tempo, igualaremos as alíquotas comerciais e residenciais dentro de um mesmo edifício. Além de promovermos uma banca permanente para ajudar quem deseja entrar na área comercial”, completou.

Outro ponto destacado pelo decano foi o aumento da receita do ISS na capital, o que ele considera extremamente positivo para o município. “Estamos promovendo uma receita saudável. O ISS é prioridade porque Goiânia é voltada para o setor de serviços, por isso é bom que voltou a subir na arrecadação”, explicou o parlamentar.

Sobre a priorização do ISS para a arrecadação municipal, o titular da Secretaria Municipal de Finanças, Vinícius Henrique Alves, destacou que próximo plano do município é controlar a a inadimplência. “O nosso próximo passo é lançar um plano de fiscalização par combatermos a sonegação. Uma possibilidade para ajudar o contribuinte a se regularizar, sem pesar a mão do Fisco”, disse o titular da pasta.

Vinícius ainda destacou que o equilíbrio das contas públicas permitirá mais investimentos e desonerações, como abaixar impostos para microempreendedores. É uma questão que não conseguimos realizar no ano passado, mas que temos sempre em mente. Se você leva uma empresa para a sua casa, você gera emprego e renda, mas acaba pagando mais impostos do que na parte comercial. Por isso, precisamos incrementar mais a arrecadação para reduzir a taxação para esse grupo” justificou.