O primeiro objetivo de Maria Yvelônia (Republicanos), após ser nomeada secretária de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), será adequar o modelo de atendimento de proteção básica em Goiânia. Segundo a titular da pasta, em entrevista para o Jornal Opção, é necessário que a capital siga o que foi criado pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Entretanto, antes de pôr em prática as alterações, ela ressaltou que será necessário realizar um levantamento geral dos servidores e da estrutura da Sedhs.

Ex-secretária nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Yvelônia chega a Goiânia ainda com a missão de dialogar com os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia. Segundo ela, participar de comissões propostas pela Casa seria algo de total interesse da Sedhs. Fora que pretende sempre dar satisfação e prestar contas aos parlamentares. 

Outro ponto que a secretária também comentou foi a sua pré-candidatura para prefeitura de Valparaíso de Goiás, município goiano localizado no entorno do Distrito Federal. 

Com a nomeação do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), para o cargo de secretária do Desenvolvimento Humano e Social de Goiânia, quais são os primeiros objetivos e pontos para se trabalhar após assumir a pasta?

Temos dado uma atenção aos servidores neste primeiro momento, nós precisamos cuidar de quem cuida. Então, eu estou realizando reuniões com todos os servidores da pasta, enumerando os diversos equipamentos públicos, desenhando uma capacitação para os servidores para atendermos a população de Goiânia com qualidade. Profissionais que são capacitados e valorizados atendem com qualidade. Por isso, estamos aqui a serviço da população da capital e eles sempre serão a nossa prioridade.

Então, no primeiro momento, o objetivo é conhecer melhor os trabalhadores da pasta e fazer um levantamento geral?

Exatamente! Temos feito um levantamento de quem são os profissionais, se tem quantidade suficiente em cada local de atendimento, seja no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), seja no Cadastro Único, CREAS (Centros de Referência Especializado de Assistência Social). Além de organizar a política pública de acordo com o modelo nacional. Existem situações aqui em Goiânia que precisamos adaptar para que esteja no modelo que foi desenhado pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS).

Poderia citar algum exemplo de situação que precisará se adaptar ao modelo da política nacional de assistência social?

Precisamos resolver algumas situações com relação ao próprio modelo de atendimento, a proteção básica. É necessário dar ênfase na prevenção, para que as pessoas possam evitar chegar em uma maior situação de vulnerabilidade. A proteção básica é o atendimento para quem já sofreu violência, precisamos dar ênfase ao atendimento a idosos e mulheres que foram vítimas de violência, da população em situação de rua, além de uma atenção para as pessoas que foram acometidas por alguma consequência em decorrência das chuvas. Tudo isso está sendo trabalhado.

Ainda temos a prioridade de inaugurar locais como CRAS e Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), aumentando o número de equipamentos públicos à disposição da população. Então, a nossa prioridade está sendo iniciar essas licitações para que em breve possamos realizar essas construções a serviço do povo goianiense.

Caso seja o desejo da população, estou a disposição da população de Valparaíso de Goiás.

Como surgiu o convite para poder assumir a pasta Desenvolvimento Humano e Social de Goiânia?

O prefeito Rogério Cruz já me conhecia, inclusive tinha agendas no Ministério da Cidadania quando estava atuando na pasta. Ele me fez o convite, me chamou para conversar sobre e disse que fez um compromisso com o lado social, que seria prioridade na gestão dele. Ainda reconhecendo que, para dar respostas para o lado social, ele precisava trazer pessoas técnicas. Então, o prefeito fez o convite e eu me senti muito honrada, acredito na gestão de Rogério Cruz e junto da nossa equipe, os trabalhadores da assistência social, vamos atender com qualidade a população.

A senhora também é pré-candidata a prefeita em Valparaíso de Goiás, no entorno do Distrito Federal. Como está sendo esta pré-candidatura? Quais são os planos para a campanha?

Eu participei do processo eleitoral anterior e fui bem aceita pela comunidade da região, vista como alguém com capacidade de fazer gestão de qualidade. Caso seja o desejo da população e o partido Republicanos entenda que exista viabilidade, então, estou a disposição da população de Valparaíso de Goiás. No momento, sou presidente da Executiva Municipal da sigla no município. 

Como a senhora vem do entorno do Distrito Federal, como tem sido o diálogo com lideranças locais?

Me tornei uma referência no país por estar em um cargo de secretária nacional. Desde que assumi a Secretaria de Goiânia, diversos secretários municipais já me procuraram porque acreditam na minha capacidade técnica de dar sugestões, para realizar trabalhos de forma conjunta. Por isso, eu estou à disposição deles. Também tenho dialogado com lideranças de Valparaíso, principalmente do terceiro setor, especialmente no momento da pandemia da Covid-19. Eles demonstraram o quanto conseguem fazer pela população, por isso o trabalho e contato com essas lideranças é contínuo.

Ultimamente, a Câmara Municipal de Goiânia e o Paço Municipal passaram por “momentos estremecidos” na relação. Como a senhora visitou a Casa recentemente, poderia contar como foi o diálogo e como foi recebida pelos vereadores?

O prefeito Rogério Cruz é um gestor disposto ao diálogo e que tem conversado com todos os vereadores. Nosso entendimento é que esta pasta atenda as pessoas mais pobres, quem mais precisa. Para isso, é necessário ter esse contato com o Poder Legislativo, já que são os vereadores os que estão no cotidiano das comunidades e dos bairros, na vidas das pessoas.

A minha ida foi para demonstrar o quanto respeito essa Casa de Leis, então fui e também me receberam muito bem. Sou muito grata ao presidente da Casa, Romário Policarpo, que aceitou a minha presença, ao vereador que fez o convite, Isaías Ribeiro, e ao vereador Anselmo Pereira que presidiu a sessão. Além de todos os outros parlamentares, inclusive os que convidaram para fazer parte das comissões, algo que tem toda ressonância com o trabalho da Secretaria. Por exemplo, a comissão do idoso e da assistência social.

Então, o nosso intuito é participar dessas comissões no sentido de prestação de contas a essa Casa do Povo. Vamos criar um diálogo muito próximo com os vereadores para que eu possa visitá-los sistematicamente para dar satisfação e prestar contas.